PM convoca militares de folga e de férias para garantir segurança no Carnaval

Divulgação/Agência Minas

A Polícia Militar (PM) informou nesta quarta-feira (22) que policiais militares de todo o Estado vão trabalhar de forma direta e indiretamente durante o Carnaval. Os agentes que estavam de folga ou tiraram férias foram convocados a retomar as atividades no período. A medida foi anunciada em uma coletiva de imprensa nesta manhã no Centro de Belo Horizonte.

O diretor de atividades operacionais da corporação em Minas Gerais, coronel Mauro Alves, contou que a convocação busca atender a segurança da população no Carnaval sem afetar o trabalho rotineiro nas ruas. Segundo Alves, além da capital, outras 75 cidades vão contar com festas de médio e grande porte até o dia 1º de março e que até mesmo policiais em formação vão atuar nas ruas. Ao todo, 29 mil profissionais devem ser empenhados ao longo dos cinco dias.

Coronel Mauro Alves (sem colete) e coronel Winson Costa (à direita) comandaram coletiva da PM
Bhaz

“O mais importante é a comunidade compreender que, durante o período carnavalesco, não haverá policial militar em férias anuais, não haverá policial militar em folga”, disse logo no início da conversa. “Todos estarão trabalhando especificamente nas atividades de polícia preventiva e de polícia de patrulhamento em festas de Carnaval”, explicou o tenente coronel. “Desde a tarde desta quinta (23), começando nas rodovias, até a Quarta-feira de Cinzas (1°), em suma, toda a Polícia Militar estará trabalhando para o povo mineiro”, completou Alves.

BH vai contar com 7 mil policiais

Em Belo Horizonte, o chefe do Comando de Policiamento da capital, coronel Winston Costa, vai estar à frente de mais de sete mil policiais militares. Além disso, 1,5 mil viaturas devem estar nas ruas, incluindo veículos utilizados pelo serviço administrativo. Helicópteros e aviões também vão ser usados pela corporação na tentativa de garantir a segurança dos foliões mineiros.

Helicópteros serão utilizados pela Polícia Militar durante o Carnaval
Divulgação/PM

Questionado sobre mudanças de cenário em relação ao Carnaval de 2016, Costa afirma que carros de som, eventos não autorizados e a falta de estrutura da festa renderam dor de cabeça para a polícia. “A gente veio conversando com o poder público municipal no sentido de aumentar a fiscalização pública, aumentar as estruturas de apoio ao próprio folião, como o banheiro químico e o atendimento para a saúde dessas pessoas”, disse. “Ano passado a gente teve deslocamentos de viatura para fazer socorro de pessoas que estavam embriagadas”, conta.

De olho no celular

Sobre atitudes que podem evitar com que foliões sejam alvo de crimes, o coronel falou principalmente sobre o uso de celulares e o uso de bebidas alcoólicas. Para ele, o consumo desenfreado pode aumentar as chances de alguém ser furtado no Carnaval.

“(Em 2016) Tivemos muito furto de celular e arrastões, principalmente no primeiro dia. Para isso tudo a gente fez um planejamento diferenciado, mas a gente precisa da colaboração do próprio folião”, explica. “A partir do momento que ele sai com pouco dinheiro, coloca o celular no bolso da frente, ou não ir com celular, e usa o serviço público de transporte coletivo, já é uma ajuda. A gente pede atenção da população para que nos ajude a inibir a oportunidade de crime”, pondera.

Divulgação/Polícia Militar

Nada de baderna

No último domingo (19), policiais militares jogaram bombas de gás lacrimogênio contra foliões que estavam no bairro Gutierrez, na Zona Oeste, após o encerramento de um bloco carnavalesco. Questionado sobre a possibilidade de ocorrências semelhantes voltarem a ocorrer, o chefe do policiamento da capital foi enfático: a PM vai agir diante de “bardernas”.

A Polícia Militar busca, segundo o comandante, evitar que as ocorrências cheguem ao ponto visto no Gutierrez. Mas explica que, às vezes, é necessário agir de forma mais incisiva. “A gente busca estar presente e orientar aqueles que estão ali se divertindo. No caso do Gutierrez, nós tivemos o cumprimento por parte daquele que era o responsável pelo bloco, fechando às 16h e depois virou uma baderna, o que requereu a nossa ação mais efetiva lá no local”, disse.

Confusão marcou fim de bloco carnavalesco no Guiterrez
Reprodução/YouTube

“O folião tem seu direito, mas o cidadão que mora nessas áreas de Carnaval também têm o direito de dormir. Por isso ficou acertado que os eventos, com exceção de um que acontece na Guaicurus, terminam às 23h. O som é desligado às 23h. E quem desrespeitar vai ser responsabilizado. Nós vamos ter uma ação específica para inibir o carro de som”, continua.

“E para eu me preparar para um evento de 2 milhões de pessoas, que é a previsão da prefeitura, em torno de 600/700 mil pessoas na rua a cada dia, eu tenho que estar preparado também para uma ação mais efetiva e incisiva de repressão qualificada”, completa.

Números do Carnaval

A Prefeitura de Belo Horizonte espera 2,4 milhões de pessoas para o Carnaval 2017.

Quase 400 blocos de rua vão desfilar este ano.

29 mil é o número de policiais em atuação nos 853 municípios de Minas no Carnaval.

Mais de 7 mil PM’s vão estar em Belo Horizonte nos 5 dias de folia.

Outros 600 sairão da capital para ajudar em cidades do interior.

5 helicópteros vão ser usados pela PM; 2 deles vão ficar em BH.

A capital também recebe 2 aviões para transporte de tropas em viagens rápidas.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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