‘Eu acredito em fadas’: Saiba como surgiu o apelido de Rayssa Leal, medalhista olímpica em Tóquio

fadinha do skate
Foi em sua cidade natal, Imperatriz, no sudoeste do Maranhão, que a fadinha começou a fazer o seu nome (Reprodução/@rayssalealsk8/Instagram)

Vestidinho azul, par de asas cintilantes e muito, muito talento. Foi assim que o mundo conheceu pela primeira vez a medalhista olímpica Rayssa Leal, apelidada graciosamente de “Fadinha do Skate”. Em um vídeo gravado em 2015, a pequena skatista, na época com apenas 7 anos de idade, se arriscava com manobras radicais bem longe de Tóquio. Foi em sua cidade natal, Imperatriz, no sudoeste do Maranhão, que a atleta começou a fazer o seu nome.

Nas imagens, a pequena fadinha tenta executar um “heelflip”, manobra em que o skate sai do chão e dá um giro completo no ar. Depois de falhar em duas tentativas, Rayssa impressiona ao cair de pé em cima do skate da terceira vez, ganhando aplausos de todos que a assistiam.

Na época, o vídeo chegou a ser compartilhado pelo famoso skatista americano Tony Hawk e foi a partir desse momento que o talento da “Fadinha do Skate” começou a ganhar admiradores para além dos limites de Imperatriz. “Eu não sei nada sobre isso, mas é incrível: um heelflip de conto de fadas no Brasil por Rayssa Leal”, escreveu ele.

Encontro com o ídolo

Antes de conquistar a medalha de prata no Skate Street Feminino pelas Olímpiadas de Tóquio 2020, Rayssa Leal finalmente teve a oportunidade de conhecer Tony Hawk. Em uma publicação em seu Instagram, a jovem atleta aparece cumprimentando seu ídolo e conversando com ele, de igual para igual, na pista olímpica.

“Há 6 anos ele [Tony] me apresentava pro mundo do skate compartilhando meu vídeo vestida de fadinha, hoje me filmou nas Olimpíadas. Isso tudo é muito incrível, estou vivendo um sonho”, escreveu a fadinha.

‘Eu acredito em fadas’

Nas redes sociais, o apelido de Rayssa Leal logo virou assunto. Com o brilhante desempenho da atleta na pista de skate, milhares de internautas se denominaram como “fadinhers”, nome criado para o fã clube da atleta.

“Bom dia fadinhers, aqui em casa só falta o skate!”, escreveu uma internauta, ao compartilhar uma foto de sua filha com um par de asas. “Me chama de Peter Pan porque eu acredito em fadas”, brincou outra usuária do Twitter, ao comemorar a medalha de prata conquistada pela Rayssa. Veja um pouco da repercussão:

‘Fadinha’ conquista medalha de prata

Aos 13 anos, 6 meses e 22 dias, a skatista desbancou a velocista brasileira Rosângela Santos, que foi bronze no 4x100m do atletismo nos Jogos de Pequim, em 2008, aos 17 anos. Ela se tornou a atleta mais jovem a ganhar uma medalha olímpica pelo Brasil (veja aqui).

Na história moderna mundial das Olimpíadas, é a terceira medalhista mais jovem em um esporte individual, ficando atrás apenas da americana Dorothy Hill, prata aos 13 anos e 23 dias nos saltos ornamentais nos Jogos de Amsterdã de 1928, e da dinamarquesa Inge Sorensen, que recebeu a medalha de prata aos 12 anos e 24 dias, nos 200 metros nado de peito nas Olimpíadas de Berlim de 1936.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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