A Polícia Militar apreendeu, na noite desta quarta-feira (22), um adolescente apontado como responsável por atear fogo em um dos prédios do IEMG (Instituto de Educação de Minas Gerais) durante a manhã. O rapaz teria confessado o crime e dito que o incêndio foi acidental. Ele foi apreendido em Contagem.
Após uma denúncia feita pelo 190, os militares se deslocaram até a casa do estudante, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele confessou a autoria, mas disse que não teve intenção.
O prédio do IEMG é um dos institutos públicos de ensino mais tradicionais da capital mineira. Após o incêndio tomar conta da estrutura histórica, as autoridades precisaram evacuar o edifício.
Ao menos 14 vítimas foram conduzidas ao hospital com quadro leve por inalação de fumaça. Por volta das 11h de hoje, os bombeiros contiveram o fogo e começaram o rescaldo dentro da escola.
Uma equipe da Defesa Civil fez vistoria no local durante a noite e constatou apenas danos superficiais na estrutura. “Não foram percebidas patologias de riscos que indicassem instabilidades das estruturas”, disse o órgão. Algumas áreas foram isoladas preventivamente até a mitigação dos riscos.
Prédio do IEMG é tombado
Informações do Iepha-MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) dão conta que o prédio do IEMG começou a ser construído em Belo Horizonte no ano de 1897. Inicialmente, era destinado a abrigar o Ginásio Mineiro, que foi transferido de Ouro Preto para a capital mineira.
Já em 1906, o instituto começou a preparar mulheres para o magistério. Quase 120 após a inauguração, o IEMG oferece Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos na rede pública.
Uma curiosidade é que o edifício histórico chegou a abrigar um curso superior de Pedagogia. Mais tarde, a alternativa acabou transferida à UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais). O lema da escola é “Educar-se para Educar”.
O tombamento estadual do prédio do IEMG foi aprovado em 1982, segundo o Iepha-MG. Na ocasião, o instituto foi inscrito no Livro do Tombo de Belas Artes e no Livro do Tombo Histórico, das obras de Artes Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos.