Covid-19 em BH: Praça Sete será interditada a partir do fim de semana

Praca Sete vazia
PBH reforça que utilização de praças para prática de atividades físicas, mesmo em lugares que não estão cercados (Maíra Monteiro/BHAZ)

A Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, será mais um dos lugares interditados com grades a partir deste fim de semana. A medida é mais uma determinada pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) para evitar a circulação de pessoas na capital mineira, a fim de frear o avanço da Covid-19 em meio ao colapso do sistema de saúde em BH.

A administração municipal que reforça que a utilização de praças, pistas de caminhada ou de corrida e outros locais públicos para a prática de atividades de esporte e lazer coletivas ou individuais com potencial de aglomeração de pessoas está suspensa, mesmo se as áreas não estiverem cercadas por grades.

Ainda segundo a PBH, os locais que já estão interditados permanecerão da mesma forma. São eles:

  • Praça do Papa
  • Praça da Liberdade
  • Praça da Assembleia
  • Praça JK
  • Lagoa Seca
  • Mirante Garças (Pampulha)
  • Mirante Sabiá (Pampulha)

“A Guarda Municipal conta com o apoio das forças de Segurança Pública do Estado para coibir as aglomerações. Os guardas municipais vêm realizando rondas preventivas periódicas pelas ruas e praças de toda a cidade, observando também o uso de máscaras pela população”, complementou a PBH em comunicado.

Medidas de contenção

A interdição da Praça Sete é mais uma das medidas tomadas pela PBH para tentar frear a contaminação pela Covid-19 na capital mineira, além de desafogar o sistema de saúde da cidade. Ontem, a PBH determinou que, a partir do dia 28 de março, os supermercados, padarias sacolões, lanchonetes, lojas de conveniência, açougues e estabelecimentos similares não vão poder funcionar aos domingos na capital mineira. De acordo com a decisão, entre as atividades comerciais da cidade, apenas farmácias e postos de combustível estarão autorizados a funcionar aos domingos.

Na segunda-feira (22), a PBH começou a aplicar um conjunto de novas medidas com o objetivo de desafogar o sistema de saúde da capital mineira (leia mais aqui), que está em colapso em meio ao aumento de casos de Covid-19 e da demanda por leitos hospitalares. O pacote inclui a adaptação de alguns centros de saúde da cidade para funcionamento como unidades 24 horas, no atendimento a casos “não-Covid”, com o objetivo de diminuir as demandas das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). A oferta de teleconsultas para pacientes com sintomas respiratórios também foi ampliada.

Outra estratégia a ser adotada pela SMSA (Secretaria Municipal de Saúde) é a implantação de centros de saúde, com atendimento 24 horas para casos de baixa complexidade não relacionados à Covid-19, com o objetivo de dar apoio às UPAs. De acordo com Renata Mascarenhas, em cada regional, uma unidade de saúde será adaptada para funcionar desse modo, permitindo que as UPAs foquem no atendimento aos casos de Covid-19 e a outros casos mais graves ou específicos.

Covid-19 em BH

A PBH abriu, hoje, mais seis leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao tratamento da Covid-19 no SUS (Sistema Único de Saúde), totalizando agora 477 unidades. Apesar do incremento, a taxa de ocupação da rede pública ainda aumentou, indo de 93,8% ontem, para 97,7% hoje. A rede privada de saúde de BH também abriu mais quatro novos leitos de UTI Covid.

Mesmo com a abertura de leitos, a taxa de ocupação geral de UTI Covid (SUS + Suplementar) teve um aumento de 102,3% para 105,9%. De acordo com boletim epidemiológico divulgado hoje, BH já registrou 135.433 casos de Covid-19 e 3.055 óbitos em decorrência da doença. Além disso, 8.696 casos estão em acompanhamento e 123.682 pessoas já se recuperaram na cidade.

Já a ocupação dos leitos de enfermaria destinados ao tratamento da doença, que também foi incrementada hoje pela PBH com quatro novos leitos, também apresentou aumento, indo de 87,9% para 89,6%, de ontem para hoje. O número de transmissão por infectado se manteve o mesmo e está em 1,16, que representa nível amarelo de alerta. O ideal é que o índice esteja sempre abaixo de 1, de acordo com profissionais da saúde.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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