Garis de BH varrem, por ano, distância equivalente a 12 voltas e meia na Terra

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Todo esse trabalho é realizado por 618 garis em ruas, avenidas e outros logradouros públicos pavimentados, podendo ser executado manual ou mecanicamente (PBH/Divulgação)

Ainda que passem despercebidos por grande parte da população, mais de 600 garis não medem esforços para deixar Belo Horizonte bem limpinha todos os dias. Por ano, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) estima que os profissionais varrem até 500 mil quilômetros – número que equivale a 12 voltas e meia ao redor da Terra. O quantitativo impressiona e também chega a ser maior que os 384 mil quilômetros que nos separam da Lua.

Já o serviço de capina, que consiste no corte da cobertura vegetal em passeios e outros locais urbanos, é executado em cerca de 37 mil quilômetros de sarjeta anualmente. A média dos resíduos de varrição e da capina recolhidos na cidade chega a 80 toneladas por dia.

O trabalho é realizado por 618 garis em ruas, avenidas e outros logradouros públicos pavimentados, podendo ser executado manual ou mecanicamente. Todo o material retirado é levado para o aterro sanitário de Macaúbas, localizado no município de Sabará, na região metropolitana da capital.

‘Cada um tem que cumprir seu papel’

Em Belo Horizonte, o planejamento e a frequência da varrição dependem das características de ocupação, trânsito e até mesmo da quantidade de pedestres que transitam pelas ruas. Ela pode acontecer uma vez a cada duas semanas, semanalmente, diariamente ou de forma alternada (duas, três ou seis vezes por semana).

O hipercentro da cidade, por exemplo, é varrido quatro vezes por dia durante os dias da semana e duas vezes nos domingos e feriados. Já a capina nas vias é feita pelo menos quatro vezes ao ano, em toda a cidade.

Só no ano passado, foram 2.249 atendimentos feitos em áreas públicas. Mas a PBH ressalta que a capina em propriedades privadas, como lotes vagos, a responsabilidade é do proprietário. 

“Cada um tem que cumprir seu papel, capinando e mantendo a limpeza do lote, inclusive não deixando espalhados recipientes que possam acumular água e contribuir para a proliferação da dengue”, afirma a chefe do Departamento de Serviços de Limpeza Urbana, Erika Santos Resende.

Multa de quase R$ 2,5 mil

De acordo com a legislação de limpeza urbana e com o Código de Edificações, os proprietários de lotes vagos têm a responsabilidade de mantê-los limpos e fechados. O descumprimento pode gerar multa no valor de R$ 2.427,95. 

Para Erika Resende, a população pode colaborar com o trabalho de varrição dos garis com ações simples. “Não jogue lixo ou entulho nas vias públicas, córregos, lotes vagos, bueiros e encostas. Além de poluir a cidade, o lixo entope bocas de lobo e pode provocar enchentes. No trânsito, respeite os cones de sinalização que protegem os varredores”, enfatiza.

Com PBH

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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