Gás de cozinha mais de R$ 100? BH teve aumento de 25% em um ano, revela pesquisa

botijão de gás
Variação é alta dependendo da região da cidade (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

Um levantamento do preço do botijão de gás de cozinha identificou um aumento de até 25%, em relação a março do ano passado. A pesquisa do site Mercado Mineiro também identificou alta variação entre os estabelecimentos avaliados. A diferença pode chegar a 46%, dependendo da região em que o produto é comprado.

O botijão de 13kg, que custava em média R$ 90,27 em março de 2021, passou para R$ 112,59, um aumento de 24,72%, quando entregue na própria região. Já quando é retirado na portaria, o botijão que custava R$ 83,43 subiu para R$ 104,15, um aumento de 24,84%.

O cilindro de 45kg que custava o preço médio de R$ 357,59, subiu para R$ 430,51, um aumento de R$ 72,92, quando entregue na própria região. Quando o cilindro de 45kg é buscado no estabelecimento, o valor médio era R$337,35 no ano passado e passou para R$409,03, um aumento de 21%.

Alta do petróleo e do dólar

Segundo Feliciano Abreu, economista e coordenador da plataforma que fez o levantamento, o aumento do barril de petróleo no mercado internacional e o aumento do dólar influenciam na alta do preço do gás. “A perspectiva não é boa, porque você vê que o petróleo bateu um preço surreal, então o gás deve continuar caro, assim como o combustível”, avalia.

Nesta segunda-feira (7), o preço do barril do petróleo chegou a US$ 140 no mercado internacional. A alta ocorreu após o governo estadunidense sinalizar um boicote ao petróleo russo, em função da invasão na Ucrânia. Para Feliciano, o conflito armado está impactando diretamente na alta do gás em todo o país. “Apesar do país produzir o próprio gás, a gente compra com o valor do mercado internacional”, explica.

Diferença entre as regiões

Apesar da alta no preço ser geral, ainda é possível observar uma grande diferença entre os depósitos. Feliciano explica que isso está ligado à localização do estabelecimento. “Varia dependendo se tem concorrentes próximos e de qual é o poder aquisitivo da população na região”, detalha.

As variações chegam a 46%, como é o caso do cilindro de 45kg retirado no local, que custa de R$370,00 a R$540.00. O botijão de 13kg entregue no próprio bairro, variou 35%, podendo custar de R$100,00 até R$135,00. Já na portaria, o mesmo produto pode custar de R$ 94,99 até R$135.00, uma variação 42%.

Como economizar

Dentro desse cenário de aumento de preços, Feliciano diz que é mais importante ainda estar atento para economizar. “Tem que tentar usar o gás com sabedoria, não desperdiçar e pesquisar preço sempre. Usar até o resto mesmo, porque às vezes é feita a troca com um pouco de gás sobrando no botijão. São detalhes importantes, porque o gás está realmente num momento muito ruim”, orienta.

O especialista também lembra do programa governamental do Auxílio Gás, que pode ajudar as famílias de baixa renda na aquisição do produto.

O benefício do Programa Auxílio Gás, que oferece um subsídio equivalente à 50% de um botijão de 13kg a cada dois meses, por família beneficiada. Podem ser beneficiadas pelo Programa as famílias inscritas no Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo.

Edição: Roberth Costa
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!