O Governo de Minas Gerais anunciou, nesta sexta-feira (7), que vai fazer concessão da administração do Hospital Maria Amélia Lins. A medida visa ampliar a capacidade de realização de cirurgias eletivas em BH.
A ideia do Governo é encontrar um consórcio de saúde ou uma instituição sem fins lucrativos para assumir o prédio e a operação na unidade, localizado no bairro Santa Efigênia, na região Leste da capital mineira. O novo administrador vai receber, em doação, os equipamentos do hospital. A partir daí, a unidade vai ser destinada exclusivamente a cirurgias eletivas, apenas pelo SUS (Serviço Único de Saúde). A expectativa é chegar a 500 atendimentos diários.
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“A vantagem se um consórcio intermunicipal de saúde vencer o edital é que ele representa todos os municípios da região metropolitana. A gente sabe a dificuldade que municípios pequenos têm para ter acesso aos hospitais. Outro ponto é que a gente não consegue aumentar o número de servidores da Fhemig devido à Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, a única forma de aumentar o número de trabalhadores é encontrar parcerias como esta”, explica o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, sobre a vantagem da concessão.
O edital vai ser publicado neste sábado (8) e o vencedor vai ser divulgado no dia 15 de abril. Depois da transição, o custo da operação vai ser arcado pelo Estado por meio do programa Opera Mais.
De acordo com Baccheretti, todos os atuais funcionários do hospital vão ser realocados no Hospital João XXIII. Com isto, o Governo espera aumentar o número de cirurgias de emergência na maior unidade de saúde do Estado.
Até então, os dois hospitais faziam cirurgias de urgência e nenhuma eletiva, que segundo o secretário, são gargalos da saúde pública. Estes procedimentos são os que que podem aguardar agendamento.
Em janeiro, com a suspensão parcial de atividades no Amélia Lins, alguns funcionários já foram realocados no João XXIII. Com isso, segundo o governo, o número de cirurgias de emergência passou de 918 para 1026. Com a transferência de todo corpo clínico, o Governo espera conseguir realizar no João XXIII mais procedimentos emergenciais do que eram realizados nos dois hospitais juntos e fazer até 500 eletivos por mês no Amélia.
“Vamos conseguir criar um terceiro turno de cirurgia no João XXIII”, alegou Baccheretti.