PBH não tem autoridade para proibir que povo saia na rua, diz Kalil sobre Carnaval

Kalil e esposa
Prefeito e esposa visitaram nesta manhã a Horta Comunitária Coqueiro Verde (Sofia Leão/BHAZ)

“Se o povo está saindo na rua, que saia, não tem problema nenhum. Nós não temos autoridade para proibir que ninguém saia na rua”. É o que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) falou nesta terça-feira (1°) sobre os bloquinhos que estão reunindo centenas de pessoas no Carnaval em BH.

Para Kalil, o objetivo da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) era evitar que 4 milhões de pessoas saíssem às ruas como nos carnavais usuais na capital, patrocinados pela administração municipal. Segundo ele, a missão foi cumprida.

“Nós estamos numa democracia, já pensou se eu for prender quem sai de abadá batendo tambor na rua? Nós fizemos o que nós tínhamos que fazer dentro de uma coerência técnica e sanitária. Nós não queríamos 4 milhões de pessoas se aglomerando e isso foi evitado”, disse o prefeito em entrevista concedida durante visita à Horta Comunitária Coqueiro Verde.

“Agora, quem sair na rua, quem tocar tambor, quem sair gritando e cantando, o que a prefeitura vai fazer além de assistir? Legal, estão saindo, estão felizes. Vamos cuidando de gente e fazendo coisa para a gente, e não temos autoridade pra proibir ninguém de sair na rua”, completou.

Ainda durante a entrevista, Kalil também reclamou do fechamento do comércio durante o Carnaval e direcionou as críticas à CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte), apontando supostas intenções políticas da entidade (leia aqui).

Horta comunitária

O prefeito Alexandre Kalil e a esposa, Ana Laender, visitaram nesta manhã a Horta Comunitária Coqueiro Verde, no bairro Conjunto Paulo VI, região Nordeste de BH. A primeira-dama é diretora do Movimento Gentileza, que realiza projetos dedicados à inclusão social e cultural e à requalificação do espaço urbano.

Horta
Espaço de 16 mil m² era ocupado por aterro sanitário (Sofia Leão/BHAZ)

Na visita, Kalil entregou novos equipamentos de proteção e manejo aos agricultores urbanos que atuam no local. Esta foi a última de cinco entregas previstas pelo projeto Agroflorestas e Hortas Urbanas, realizado pelo Movimento Gentileza em parceria com a PBH.

A horta fica em uma área de 16 mil m² antes ocupada por um aterro sanitário. “Esse projeto é fundamental para a gente e enfeita a nossa comunidade. Nossa produção é importante”, disse um agricultor durante a visita.

Kalil e agricultor
Agricultor que atua na horta falou sobre a importância do projeto (Sofia Leão/BHAZ)

De acordo com o Movimento Gentileza, a horta oferece uma alternativa de alimentação saudável aos moradores, além da complementação de renda aos agricultores, em sua maioria idosos, que podem vender os produtos.

“É um projeto muito bacana. A modernidade não vem só com TI, com tablet, isso é uma lição de modernidade. O que temos feito é para que a comunidade ocupe, cuide, que o meio ambiente entre, junto com a ação social”, disse Kalil sobre a iniciativa.

Hoje, BH conta com 43 unidades produtivas de agricultura urbana, entre agroflorestas e hortas. Ao todo, são 91 mil m² de área cultivada e mais de 300 agricultores cadastrados.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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