Chuvas em Petrópolis já deixaram 139 mortos; prefeitura alerta sobre fake news

chuvas em Petrópolis
De acordo com a administração municipal, os moradores devem se informar por meio dos canais de comunicação oficiais (Reprodução/TV Brasil)

O número de mortos pelas chuvas em Petrópolis já chega a 139, segundo informações atualizadas pela Defesa Civil do município. O IML (Instituto Médico Legal) do Rio identificou 91 corpos de vítimas. Neste sábado (19), quatro dias após o temporal, a chuva ainda torna o tempo instável na região, apontando para risco de novos deslizamentos.

Segundo a Sepol (Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio), até as 10h de hoje, o IML tinha recebido 133 cadáveres, além de três despojos – termo relativo aos restos mortais. Das vítimas, 82 são mulheres e 51 são homens. As pessoas resgatadas com vida são 24, até o momento.

Buscas e resgate

A prefeitura de Petrópolis informa que 53 vítimas foram sepultadas no cemitério localizado no Centro. Desde terça-feira (15), quando o temporal acometeu o município, o Corpo de Bombeiros trabalha nas buscas e resgate das vítimas durante 24 horas. Mais de 500 militares estão distribuídos por todos os locais críticos.

De acordo com a corporação, são eles os setores Alfa, Bravo e Charlie, que abrangem regiões como o Morro da Oficina, a Rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila Felipe, Caxambu e localidades vizinhas. O Posto de Comando Central foi montado no 15º Grupamento de Petrópolis.

As tempestades dessa terça-feira, que causaram caos e destruição, foram, segundo o governo do Rio de Janeiro, as piores já registradas na cidade desde 1932. Os bombeiros contam com o auxílio da Defesa Civil municipal para atuar nas buscas e na evacuação das áreas de risco.

Alerta sobre fake news

Além da instabilidade climática em virtude das chuvas em Petrópolis, outro fato que preocupa os líderes municipais são as chamadas fake news. Isto é, notícias falsas que são amplamente divulgadas, mas não apresentam fundamento.

Acontece que, nessa sexta-feira (17), dois relatos falsos envolvendo o desabamento de uma igreja e o rolamento de uma rocha na comunidade 24 de maio circularam no WhatsApp. O prefeito Rubens Bomtempo veio a público alertar sobre o tema.

“Está cheio de fake news. Gente que não tem consideração com as pessoas, que não ama Petrópolis. Estão criando factóides. Vieram falar agora que tinha se rompido uma grande adutora, que a cidade ia ficar inundada. Isso não existe”, disse o líder municipal. Em nota, a cidade reforçou que os canais oficiais e veículos de imprensa confiáveis são os locais adequados para as atualizações da população.

“Petrópolis possui jornais, canais de televisão e rádios já tradicionais, assim como páginas na internet e nas redes sociais que fazem um jornalismo sério. Por causa das chuvas de terça-feira, veículos de imprensa nacionais também estão na cidade nesta semana”, começou o coordenador de Comunicação Social da administração municipal, Philippe Fernandes.

“Então, são muitos veículos confiáveis, e a população deve sempre buscar se informar por eles, assim como pelas redes sociais da prefeitura. É preciso sempre tomar cuidado com as informações que chegam pela Whatsapp”, finaliza. A prefeitura também reforça que a cautela é muito importante nesse momento. Por isso, os cidadãos devem evitar sair de casa.

Novas chuvas preocupam

A previsão do tempo segue motivo de preocupação para as autoridades no município carioca. Isso porque, no quinto dia de buscas e ações de recuperação, o Cemaden-RJ (Centro Estadual de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais do Rio de Janeiro) alerta para chuva moderada a forte que deve persistir nos próximos dias.

Equipes empenhadas no monitoramento relativo às chuvas em Petrópolis permanecem enviando alertas à população e acompanhando as condições do clima. Os impactos da queda d’água provocaram 675 chamados para a Defesa Civil, segundo dados até o início da noite de ontem.

Até então, as equipes tinham feito atendimentos em 30 localidades. Do total, 546 eram relativos a deslizamentos e 98 avaliações de risco estrutural. A Assistência Social da cidade atendeu 967 pessoas que precisaram ser acolhidas nos 19 pontos de apoio instalados em escolas públicas da cidade.

Edição: Giovanna Fávero
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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