O professor Paulo Jubilut, famoso por dar aulas online e ter o maior canal de YouTube sobre biologia no Brasil, tomou conta das redes sociais nessa segunda-feira (11). Durante uma live, o educador se revoltou e, indignado com as atitudes de Jair Bolsonaro (sem partido), em meio à pandemia de Covid-19, disse que não se importa de perder alunos por falar mal do presidente.
“Gente, que tipo de gente é essa? Pelo amor de Deus, onde é que a gente está vivendo? Onde é que a gente vai parar? Já passou dos limites do aceitável. Tanto é que eu estou em uma plataforma paga falando mal do cara. Ah, vou perder aluno? F**-se, quero que quem apoia esse cara vá para a casa do c***”, disparou Jubilut.
jubilut mandando quem apoia o bolsonar0 para a casa do caralh0 pic.twitter.com/qk4TXEyAHp
— helo (@helodeandrad) May 11, 2020
O vídeo viralizou e a indignação do professor foi compartilhada por muitos internautas. Os alunos, que conhecem Jubilut e estão acostumados com a calma do professor, até brincaram: “Conseguiram fazer o cara mais tranquilo do mundo falar palavrão”, escreveu uma usuária no Twitter.
Se jubilut tem 10000 fãs eu sou um deles
— Chay(ves) (@_moreirafc) May 12, 2020
Se jubilut tem 100 fãs eu sou um deles
Se jubilut não tem nenhum fã, eu não existo
Jubilut você é meu ídolo cara https://t.co/v5vSJyaY26
o jovem nerd: “kkk *indiretinha sagaz pro presidente sem se queimar com o eleitorado*”
— Igor Rock (@igormendonca42) May 11, 2020
o PROFESSOR JUBILUT NO MEIO DA AULA PAGA: “eu quero que quem apoia o presidente vá pra casa do caralho”
eu mesma se algum dia o prof jubilut errar com os rodos preparadissimos pic.twitter.com/7NN4ANWkGd
— lays ta sendo xingmi | view em jopping e obsession (@privequeen) May 12, 2020
Jubilut é meu pastor e nada me faltará pic.twitter.com/CBN4jDE99a
— Eu odeio o presidente do meu país. (@tntfazvictor) May 12, 2020
O professor também se posicionou contra a decisão do Ministério da Educação de manter a data ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2020, mesmo com as aulas presenciais interrompidas por causa da pandemia.
Desde o início do combate à Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro tem caminhado em direção contrária às recomendações de saúde previstas pelos órgãos ao redor do mundo, se posicionando contra as medidas de isolamento social.
Ele assinou um decreto, nessa segunda-feira, com uma nova lista de serviços essenciais, ou seja, aqueles que não podem ser fechados durante a pandemia de novo coronavírus. Foram incluídos salões de beleza, academias e barbearias.
+ Bolsonaro inclui academias e salões de beleza como serviços essenciais: ‘É higiene, é vida’
O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que a medida não passou pela pasta e que ele não sabia da decisão do presidente. “A decisão de atividade essencial hoje é do Ministério da Economia. Onde o Ministério da Saúde pode e deve ajudar é ajudando a desenhar os fluxos, se essa decisão é tomada, como isso deveria acontecer. Se for o caso, a gente participa ajudando a desenhar uma forma de fazer que proteja as pessoas”, explica Teich.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que Estados e municípios podem tomar as medidas que acharem necessárias para combater o novo coronavírus, como isolamento social e fechamento do comércio, independentemente da decisão da União.