Vídeo confirma versão de jovem estuprada em viatura da PM: ‘Me apontaram como mentirosa’

YouTube/Reprodução + Delegacia Sede de Praia Grande (Google Street View/Reprodução)

Um vídeo, gravado por câmeras de segurança, registra o momento em que um dos policiais investigados por estuprar uma jovem de 19 anos entra no banco de trás da viatura com a vítima. Os policiais estão presos, preventivamente, desde o último dia 19. O crime aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 12 de junho.

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As imagens divulgadas confrontam o depoimento dos policiais, que disseram que estavam no banco da frente o tempo todo. O fato citado consta no pedido de prisão preventiva, cumprido no dia 19.

Ao G1, o responsável pela Ouvidoria da Polícia de SP, Benedito Domingos Mariano, diz que foi algo nunca imaginado. “Entre mais de 40 mil casos ou procedimentos da Ouvidoria da Polícia, sem dúvida não me recordo de ter caso similar de violência sexual dentro de uma viatura cometido por policiais em serviço, é um absurdo. É um crime gravíssimo e bárbaro”, relata.

A vítima desabafou sobre ter sua credibilidade em xeque. “Tinham muitas pessoas me julgando, falando coisas horríveis. Me apontaram como mentirosa e falaram que eu queria fama. Até compararam com outros casos”, falou ao G1. “Acho que agora terei um pouco de paz. Quando soube que eles foram presos me senti mais segura”.

“Minha família ainda tem um pouco de medo que colegas deles tentem algo contra mim, mas o delegado afirmou que vai ativar uma medida protetiva”, explica a jovem. “Quero que eles paguem pelo que fizeram comigo”.

A rotina da vítima foi pesada nas últimas semanas. “Tomei muitos remédios fortes para evitar que eu tivesse adquirido alguma DST. A recuperação vem sendo lenta, perdi 8 kg desde o ocorrido. As vezes lembro do que aconteceu e não sinto vontade de comer ou de sair de casa”, completa.

Por nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado paulista disse que “o caso é investigado pela Delegacia da Mulher (DDM) de Praia Grande e pela Corregedoria da PM, que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM). Os policiais envolvidos na ocorrência estão presos preventivamente no Presídio Romão Gomes. Todas as circunstâncias relativas aos fatos são apuradas”.


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