A Polícia Civil ouviu nessa quarta-feira (15) o homem de 48 anos suspeito de espalhar uma notícia falsa com relação ao desabastecimento da CeasaMinas (Central de Abastecimento de Minas Gerais) durante a pandemia da Covid-19. Durante o depoimento, ele informou que foi o único responsável por disseminar o conteúdo nas redes sociais.
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A gravação foi realizada no dia 31 de março. Um dia depois, o presidente Jair Bolsonaro compartilhou o conteúdo e acentuou a preocupação das pessoas com relação à escassez de alimentos. Depois, o mandatário precisou pedir desculpas no Twitter.
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Conforme o delegado Saulo de Tarso Castro, responsável pelas investigações, o suspeito revelou que foi o único responsável por produzir e publicar o vídeo nas redes sociais. Ele justificou que, mesmo sendo um consumidor frequente da Ceasa, considerou que havia pouca mercadoria no estabelecimento. Por isso, acreditou que estava ocorrendo um desabastecimento por causa do isolamento social – medida adotada para frear a circulação do novo coronavírus.
“De acordo com o suspeito, ele foi o único responsável por produzir e publicar o vídeo nas redes sociais no dia 31 de março. Ele não teria contado com a colaboração de terceiro. O suspeito disse que não imaginava que o vídeo iria ganhar repercussão nacional, e muito menos que seria republicado pelo presidente da República”, detalhou o delegado.
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O homem ainda afirmou para as autoridades que não teve a intenção de criar alarde e tumulto.
Contravenção penal
A investigação, segundo a polícia, será finalizada nos próximos dias, e o suspeito poderá ser responsabilizado por provocar alarme falso. A infração penal está prevista no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais.
Compartilhamento de notícias falsas
A Polícia Civil ainda ressaltou que compartilhar notícias falsas é crime e alertou a população. “Indicamos que antes de divulgar vídeos recebidos as pessoas verifiquem para não haver a disseminação de notícia falsa e suas consequências. Quem sabe que a notícia é falsa, mas mesmo assim compartilha, também pode responder criminalmente”, disse o delegado.
