‘Minha base é o Brasil’, diz Fernanda Torres sobre carreira internacional, após vencer o Globo de Ouro

06/01/2025 às 18h32 - Atualizado em 06/01/2025 às 18h36
Fernanda Torres interpreta Eunice em Ainda Estou Aqui
Artista deu entrevista ao Estúdio i, da Globo News, nesta segunda (6). (Divulgação)

Vencedora do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz de drama, na noite de ontem, a atriz Fernanda Torres afirmou que não separa a carreira internacional de carreira nacional, durante uma entrevista para o programa Estúdio i, da Globo News, na tarde desta segunda (6). Conforme a atriz, “se tiver uma coisa legal para fazer, com um diretor bacana, e se eu der conta, vou amar. Mas a minha base é o Brasil”.

Com “o cabelo de ontem”, a atriz que protagonizou o filme ‘Ainda Estou Aqui‘, do diretor Walter Salles, contou que não tinha dormido depois da premiação. Para ela, o Globo de Ouro representa a “mega-sena acumulada”. “Teve a onda da minha mãe. As pessoas tinham um negócio da revanche e da injustiça. E aí, saiu agora. É o meu momento jogador de futebol, vou aproveitar”, disse ao Estúdio i.

Em 1999, Fernanda Montenegro também concorreu à categoria pelo longa-metragem Central do Brasil, também de Walter Sales. Porém, perdeu para a atriz Cate Blachett, pela sua atuação em ‘Elizabeth’.

A vitória, segundo Fernanda Torres, foi uma surpresa, já que não acreditava que poderia ganhar o prêmio. “Não tinha discurso de agradecimento. Eu realmente achava que não ia levar”, disse. “Eu pensava ‘eu não tenho a menor chance aqui, falando português, é algo super americano’. Eu estava relaxada. Aí vi a Viola [Davis] falar meu nome, eu não acreditava. Fui andando até o palco e vi as pessoas, atores e atrizes que eu admiro muito, aplaudindo.”

‘Totalmente Premiada’

A atriz brasileira concorria à categoria do Globo de Ouro com grandes nomes do cinema internacional, como Nicole Kidman (Babygirl), Angelina Jolie (Maria), Tilda Swinton (O Quarto ao Lado), Kate Winslet (Lee) e Pamela Anderson (The last show girl). “Elas ficaram felizes, foi uma coisa muito bonita. Na caminhada que eu dei, tinha a Tilda, a Kate e a Nicole, e elas ficaram muito felizes”, contou.

A artista brasileira também destacou que a sensação de ter vencido o prêmio é como estar em uma realidade paralela, e ainda não assimilou que tudo aconteceu. “Eu fui andando no corredor e fui vendo aquelas pessoas que vi a vida inteira no cinema. E aí, tive que fazer um discurso que nem eu via desde pequena as pessoas fazendo em inglês”, afirmou ao Estúdio I.

Conforme Fernanda, a maior barreira que fazia ela acreditar que não levaria o Globo de Ouro era, sem dúvidas, o idioma do filme. “É como, no Brasil, alguém vencer falando uma língua de um povo originário da floresta. Tem uma barreira cultural para a gente vencer. Foi uma coisa muito impressionante eu ter levado esse prêmio ontem”.

Em relação à carreira internacional, Fernanda Torres disse que não tem intensão, no momento, de pegar trabalhos em Hollywood e que sua casa é no Brasil. Porém, não descartou aceitar alguma oportunidade que ela avalie ser boa.

‘Ainda estou aqui’

O longa de Walter Salles se baseia no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens, deputado federal morto pela ditadura no Brasil. O filme retrata a história da família do parlamentar, mostrando a formação do núcleo familiar e as consequências do desaparecimento de Rubens, um militante dos direitos humanos, a partir da visão de Eunice, a matriarca da família Paiva.

Ana Magalhães

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e do programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiária do BHAZ desde agosto de 2024.

Ana Magalhães

Email: [email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e do programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiária do BHAZ desde agosto de 2024.

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