O Ministério de Defesa da Ucrânia informou, nesta quarta-feira (2), que os soldados russos que foram apreendidos no país pelo exército ucraniano serão entregues às suas mães. Em comunicado emitido pelo Telegram, o governo pede que as mães entrem em contato por telefone para saber se seus filhos “estão mortos ou em cativeiros”.
“Por favor, transmitam esta informação a milhares de infelizes mães russas cujos filhos foram feitos prisioneiros na Ucrânia – é isso o que precisa ser feito para trazer seu filho de volta do cativeiro”, pede o assessor do ministro do Interior da Ucrânia, Pravda Gerashchenko.
O comunicado orienta qual o caminho que as mães devem fazer para resgatar os seus filhos. “Após a invasão do exército fascista de Putin e o fechamento do espaço aéreo, isso só pode ser feito da seguinte maneira: chegar pelas cidades de Kaliningrado ou Minsk. E, de lá, ir de ônibus ou táxi até a fronteira polonesa”, acrescenta a pasta.
O ministério garante que as russas serão recebidas e escoltadas até Kiev, capital ucraniana, onde poderão reencontrar seus filhos. “Nós, ucranianos, ao contrário dos fascistas de Putin, não estamos em guerra com as mães de seus filhos cativos. Estamos esperando por você em Kiev!”, termina Gerashchenko.
ONU pede fim dos ataques
Após uma extensa reunião em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou a resolução contra a Rússia e o presidente Vladimir Putin, em função da invasão à Ucrânia. Os ataques já duram uma semana e ao menos dois mil ucranianos já perderam a vida (veja aqui).
Em sessão extraordinária, a assembleia geral contou com a participação de 193 países. Desses, 141 votaram a favor da aprovação – incluindo o Brasil -, cinco contra e 35 se abstiveram. Para a aprovação eram necessários dois terços (veja aqui).
Com a resolução, que não tem poder legal, as Nações Unidas exigem que a Federação Russa cesse de forma imediata o seu uso da força contra a Ucrânia, além de retirar as suas forças militares do país vizinho. Apesar de não ser uma medida concreta, a decisão tem um poder político muito grande e evidencia o isolamento russo.
