Em desafio, professores se humilham para recolher notas de 1 dólar e comprar materiais escolares

Iniciativa Dash for Cash
Professores são desafiados a catar notas de 1 dólar para comprar equipamentos para a sala de aula (Reprodução/Twitter)

Dez professores tiveram 5 minutos para se ajoelhar e recolher o maior número possível de notas de 1 dólar (cerca de R$ 5,70), nesse sábado (11), na Dakota do Sul (EUA). O desafio faz parte de uma iniciativa que visa a distribuir verba para materiais usados em sala de aula.

Na internet, circulam vídeos da disputa “Dash for Cash”, que ocorreu no intervalo de um jogo de hóquei. As imagens mostram os docentes guardando o dinheiro, desesperadamente, por baixo das roupas, com gritos da torcida ao fundo.

Foram cerca de 5 mil dólares, o equivalente a R$ 28 mil, despejados no piso frio da arena de hóquei. Segundo Jim Olander, presidente do Sioux Falls Stampede Hockey Club, cada docente foi embora com a quantia mínima de 500 dólares.

‘Degradante’

Após viralizar, a iniciativa foi chamada de “degradante” e “humilhante” por muitos internautas. Grande parte dos usuários relacionou o desafio às péssimas condições de trabalho a que professores são submetidos, além de apontar as disparidades do sistema capitalista. Alguns ainda compararam a “catação” a Round 6, sucesso da Netlix que exibe uma série de jogos pela sobrevivência.

Pedido de perdão

A repercussão fez com que os idealizadores viessem a público para se desculparem. O espaço de hóquei Sioux Falls Stampede e o credor CU Mortgage Direct anunciaram no último dia 13 que providenciarão um adicional de 15,5 mil dólares aos professores locais.

Eles explicaram que durante o processo “seletivo”, 31 professores manifestaram o desejo de participar e 10 foram escolhidos aleatoriamente. Esses 10 docentes receberão o adicional de 500 dólares e os outros 21, que não foram selecionados, terão direito à mesma quantia.

Edição: Vitor Fernandes
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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