Sem saber nadar, homem rema dos Estados Unidos à Irlanda em 112 dias

Damian Browne
Remador, que chama o oceano de um ‘oponente esmagador’ (Reprodução/@auld_stock/Instagram)

Damian Browne, um homem que se descreve como “aventureiro extremo”, passou 112 dias cruzando o oceano Atlântico em direção a Galway, na Irlanda, após sair de Nova York, nos Estados Unidos. A parte ainda mais extrema desta aventura é que ele sequer sabe nadar.

De acordo com o jornal Washington Post, o homem de 42 anos fez aulas de remo no rio Hudson, em Nova York, antes de deixar a cidade em junho deste ano. Depois de atravessar quase 5 mil km de oceano a remadas, ele chegou à cidade onde mora na Irlanda no dia 4 de outubro.

“Você precisa saber o que está fazendo, mentalmente, enquanto está lá. É ótimo estar de volta. É bom estar vivo”, disse Damian Browne ao jornal quando chegou a Galway. Em conta no Instagram, ele compartilhava toda a jornada em alto mar.

Parceiro e desafios de Damian Browne

Browne partiu para a aventura com um parceiro de remo, Fergus Farrell, que reaprendeu a andar depois de uma grave lesão.

O objetivo era superar o recorde mundial de remo sem apoio mais rápido a cruzar o Atlântico. No entanto, no 13º dia, Farrell adoeceu e precisou ser removido do desafio.

“Fisicamente, é incrivelmente árduo. É uma tarefa implacável, o trabalho diário era enorme. Houve vários momentos de solidão e momentos de euforia – é uma montanha-russa emocional”, conta Browne, que diz lidar com as aventuras extremas da forma mais neutra possível, focando no controle da mente.

A jornada não foi fácil: no barco de 6,2 metros, Damian Browne consumia 10 mil calorias por dia se alimentando de “rações” desidratadas, tinha um instrumento pequeno de dessalinização para beber água limpa, e só dormia algumas horas por noite dentro da pequena cabine.

“Você não pode vencer o Atlântico. Mas você pode sobreviver a ele”, disse o remador, que chama o oceano de um “oponente esmagador”. Ainda assim, ele não pretende aprender a nadar tão cedo.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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