O humorista Gustavo Mendes se manifestou nessa quarta-feira (11) sobre a investigação da Polícia Civil que apura uma suposta tentativa de assalto sofrida por ele em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O delegado Daniel Buchmuller, responsável pelo caso, quer descobrir se houve falsa comunicação de crime por parte do humorista.
No Instagram, Gustavo se mostrou surpreso com a linha investigativa. Ainda com o rosto bastante machucado por conta das agressões sofridas no último dia 5 de janeiro, o humorista ironizou as falas do delegado sobre o caso.
“Já que não foi [assalto], traga esse cara à público, porque eu todo mundo conhece. Todo mundo me conhece, conhece minhas opiniões, sabe como que eu trabalho, sabem minha casa, vieram aqui em casa. Quero saber quem é o sujeito que me deu essa pedrada para matar, o que ele é, porque a gente discutiu?”, disse ele.
Dinâmica do crime
A polícia mineira já ouviu o Gustavo Mendes e testemunhas, incluindo o amigo do humorista que estava no local e, de acordo com o delegado Daniel Buchmuller, a primeira parte da investigação consistiu em apurar a agressão. Ele informa que minutos antes houve um desentendimento entre a vítima e o investigado.
“Logo após [o desentendimento], o agressor retorna ao local, há uma nova discussão e o investigado, não satisfeito, pega as pedras e acerta a cabeça do humorista, que inicia uma perseguição, pois o homem evade-se do local”, explica.
Na sequência, o humorista teria se encontrado com uma mulher, que estava mais distante do local onde o crime aconteceu. Ela estaria na companhia do suspeito, mas não participou da agressão. “Nesse momento, a vítima começa a discutir com ela e chegam duas testemunhas”, relata Daniel.
Por ainda não ter ficado clara a motivação por trás da agressão, o delegado explica que, na próxima fase da apuração, os investigadores buscarão entender melhor a conduta da vítima. As investigações são conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia Civil – unidade que integra a Delegacia Regional em Juiz de Fora, do 4º Departamento da PCMG.
“Se for comprovado que a vítima mentiu dolosamente, alegando que teria sido assaltada, poderá responder pelo crime de denunciação caluniosa ou comunicação falsa de crime, mas as apurações prosseguem”, diz o delegado.
‘Eu mexi com a mulher dele?’
Ainda em seu desabafo, publicado nesta quinta-feira (12), Gustavo Mendes ironiza o fato de a polícia querer descobrir o que ele teria discutido com o homem que o agrediu. Ele relata, ainda, que está desde o ocorrido sem conseguir trabalhar devido aos hematomas que ficaram em sue rosto.
“Será que eu mexi com a mulher dele? Será que ele é Bolsonaro e eu sou Lula? A motivação foi política, foi homofóbica? Então traga esse cara a público, já que já sabem quem é, e pergunta se não foi tentativa de assalto, o que foi”, desabafou.
