Minas Gerais é o terceiro estado brasileiro com mais casos de varíola dos macacos

varíola dos macacos
São Paulo e Rio de Janeiro lideram a lista de mais casos confirmados no país (Banco de Imagens/Envato)

Minas Gerais é o terceiro estado brasileiro com mais casos de varíola dos macacos (Monkeypox) confirmados. Segundo dados enviados ao BHAZ pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (12), são 18 registros até o momento.

Foram registrados 158 casos da varíola dos macacos em São Paulo, 37 no Rio de Janeiro e 18 em Minas. Logo depois aparecem Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Rio Grande do Norte, com três casos cada. Goiás registrou dois casos, bem como o Distrito Federal.

“A Pasta, por meio da Sala de Situação e CIEVS Nacional, segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”, informa o comunicado.

De acordo com nota enviada à reportagem (leia abaixo na íntegra), a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) pontua que “os casos confirmados estão estáveis em isolamento. Até o momento, 16 casos foram descartados e 12 casos estão em investigação”.

Primeiro caso de Minas foi registrado em BH

A SES-MG confirmou, no último dia 29, o primeiro caso de varíola dos macacos em Minas. Trata-se de um homem de 33 anos, morador de Belo Horizonte, que esteve na Europa no período entre 11 e 26 de junho.

O caso foi notificado no dia 28, no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde e confirmado laboratorialmente hoje pelo Ministério da Saúde. A investigação confirmou que se tratava de um caso importado.

Ainda segundo a pasta, o paciente se mostrou estável, em isolamento domiciliar. “Os contactantes estão sendo monitorados e até o momento não houve identificação de caso secundário”, explicou a secretaria.

Na manhã da última quinta-feira (7), a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) anunciou a confirmação do nono caso da doença no município. Na data, conforme a SES-MG, 34 casos suspeitos já haviam sido notificados no sistema. Fora os 12 confirmados, 11 seguiam em investigação e 11 foram descartados.

Protocolo emergencial

A Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) divulgou, no início de junho, um protocolo emergencial com dados informativos sobre a varíola dos macacos. O documento fornece orientações aos profissionais de saúde acerca dos principais sintomas, além de prevenção da doença (acesse aqui).

A transmissão do vírus ocorre principalmente por meio de gotículas – partículas respiratórias que exigem contato pessoal prolongado – ou por contato com lesões na pele. Uma pessoa também pode contrair a doença caso entre em contato com fluidos corporais de alguém infectado, ou ainda objetos recentemente contaminados pelos fluidos.

O período de incubação gira entre seis e 13 dias, mas pode variar de cinco a 21. Em relação à persistência do vírus em superfícies, há poucas evidências. Existem suspeitas de que a transmissão sexual possa ser outra via, mas a Fhemig destaca que não existem fatos que comprovem isso. Confira sintomas e tratamento aqui.

Nota da SES-MG na íntegra

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que dados do estado atualizados em 11/7/2022 às 15h registram 18 (dezoito) casos de Monkeypox confirmados por exames laboratoriais pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Os casos confirmados estão estáveis em isolamento. Até o momento, 16 casos foram descartados e 12 casos estão em investigação.

Já foram notificados no sistema Redcap do Ministério da Saúde 46 (quarenta e seis) casos suspeitos de Monkeypox no estado. Desses, 18 foram confirmados, 12 seguem em investigação e 16 foram descartados.

Dos 18 casos confirmados, dois retornaram de viagem ao exterior, 15 retornaram de viagens recentes a São Paulo e um não teve definido até o momento o provável local de contaminação e está sob investigação.

Demais dados quanto aos casos não serão divulgados para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP).

Edição: Vitor Fernandes
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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