Mais de 370 cidades decretam situação de emergência e número bate recorde em Minas

Situação de emergência
Mais de 4 mil pessoas ficaram desabrigadas neste período chuvoso (Pedro Gontijo/Imprensa MG)

O número de municípios que decretaram situação de emergência no período chuvoso atual em Minas Gerais bateu recorde nos últimos dias, chegando ao total de 374. Antes, o maior número havia sido registrado no período chuvoso de 2019/2020.

De acordo com o Plano de Emergência Pluviométrica 2021/2022, da Defesa Civil de Minas Gerais, naquele período 256 municípios decretaram situação de emergência por causa das chuvas. O recorde considera o período de 2013 a 2020, traçado pelo governo estadual.

“De qualquer forma, destaca-se que, entre os anos de 2013 e 2020, 313 municípios tiveram seus Decretos de Situação de Emergência ou de Estado de Calamidade Pública (ECP) reconhecidos pelo Estado de Minas Gerais, o que na prática, representa o entendimento do Estado que, de fato, houve desastre no município”, ressalta o documento.

Mortos, desabrigados e desalojados

Já segundo o boletim desta quinta-feira (13) divulgado pela Defesa Civil, além dos 374 municípios que decretaram a situação de emergência no período chuvoso de 2021/2022, foram registradas 25 mortes decorrentes das chuvas neste intervalo de tempo.

De acordo com o órgão, os óbitos decorrentes da tragédia de Capitólio não serão computados no balanço até o encerramento das investigações. Vale lembrar que o período chuvoso em Minas vai do dia 1° de outubro até o dia 31 de março.

Ainda de acordo com o boletim, de 1º de outubro de 2021 até hoje, 4.047 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, tiveram que deixar suas casas e ir para abrigos públicos.

Parte dessas pessoas pode já ter retornado a suas residências, mas, ainda assim, o número revela a gravidade da atual situação: em todo o período chuvoso anterior, foram registradas 1.608 pessoas desabrigadas.

Além disso, as chuvas recentes e suas consequências, como inundações, alagamentos e deslizamentos, já desalojaram 26.492 pessoas. Esses moradores tiveram que se abrigar, temporariamente, nas casas de parentes, amigos, vizinhos ou em hospedagens particulares.

Entre o início de novembro de 2020 e março de 2021, este número chegou a 14.598.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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