Anel preso no dedo: Dois casos mobilizam bombeiros em Minas; saiba o que fazer

anel preso ao dedo
Dois casos foram registrados, em Conselheiro Lafaiete (esquerda) e Salinas (à direita) (CBMMG/Divulgação)

Uma jovem de 20 anos acionou o Corpo de Bombeiros em Salinas, no Norte de Minas, após a aliança da mãe “grudar” no dedo dela. Já em Conselheiro Lafaiete, no Centro do estado, uma criança enfrentou problema similar (veja detalhes abaixo).

Os dois casos foram registrados nesse sábado (13), ainda que em momentos distintos do dia. Os militares usaram técnicas de praxe para retirar os objetos em segurança, sem afetar a mão das vítimas.

Menina vai a quartel para pedir ajuda

Na manhã de ontem, os militares foram acionados para atender uma criança que se encontrava com um anel preso ao dedo. A menina foi até o quartel dos bombeiros acompanhada de seus professores, na rua Marechal Deodoro, bairro Santa Matilde, em Conselheiro Lafaiete.

Os educadores pediram ajuda para retirar o objeto, pois ele estava preso no dedo da criança. Usando técnicas apropriadas e uma ferramenta chamada micro retífica, os militares “cortaram” o anel sem machucar a mão da estudante. Logo após o atendimento, a pequena voltou à escola com os professores.

Aliança da mãe fica apertada

Já na noite de ontem, por volta das 23h45, os bombeiros foram acionados novamente no município de Salinas. Uma jovem de 20 anos ficou com o dedo anelar esquerdo bastante inchado por conta de uma aliança, que ela disse pertencer à própria mãe.

Uma vez que o anel estava apertado, a vítima tentou tirá-lo diversas vezes, mas sem sucesso. Acompanhada de mais duas pessoas, compareceu à sede do Pelotão do Corpo de Bombeiros, onde o objeto foi extraído com a ajuda de ferramentas.

Bombeiro militar retirou aliança do dedo anelar esquerdo da jovem (CBMMG/Divulgação)

Existem riscos? O que fazer?

Pode parecer trivial, mas você deve conhecer alguém que já passou pelo sufoco de ficar com um anel preso no dedo. A ocorrência é bastante comum: segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, pelo menos 589 casos foram atendidos de janeiro a setembro de 2021. Mas você já se perguntou como proceder se acontecer com você?

Apesar de existirem várias dicas caseiras no YouTube, a recomendação é de que as pessoas procurem ajuda o quanto antes e não tentem jeitos improvisados, já que a situação pode piorar. Quando um anel fica preso no dedo os primeiros sinais de que há algo errado são inchaço, dores intermitentes e coloração roxa da área mais afetada pela falta de circulação.

No ano passado, o médico angiologista e cirurgião vascular Guilherme Jonas (CRM-44020) contou ao BHAZ que, quando um anel fica preso no dedo, ocorre um “estrangulamento da circulação”. Segundo ele, a situação pode ser comparada a uma horta que recebe irrigação e fica enxarcada sem um processo de drenagem.

“O que ocorre é um estrangulamento da circulação. A circulação dos dedos conta com vasos que levam o sangue, as artérias, e vasos que voltam com o sangue, as veias. Quando existe o estreitamento, ele atrapalha a veia que ia voltar com o sangue, a circulação de retorno”, explica.

Procure ajuda imediata

Segundo o Corpo de Bombeiros, alguém com anel preso no dedo deve se direcionar a um quartel ou unidade mais próxima da corporação para receber ajuda.

“Por mais que possa parecer simples, o ideal é ir buscar ajuda dos bombeiros. A gente assume essa responsabilidade de retirar o anel com segurança. Caso alguém tente em casa e dê algo errado, como na técnica da linha, por exemplo, pode acarretar um problema mais sério como cortar um vaso sanguíneo”, conta o sargento Filipe Miranda.

O socorrista ainda diz que uma tentativa equivocada de se retirar um anel preso do dedo pode piorar a situação. “Se de repente a pessoa faz esse procedimento em casa, e ocorre algum problema, e o dedo ficar com a circulação presa, a gente precisa usar outras ferramentas um pouco mais envasivas”, afirma (leia mais aqui).

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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