Prédios públicos e de veículos de imprensa em Minas terão segurança intensificada, anuncia Zema

Romeu Zema
Governador sancionou aumento de 300% no próprio salário em maio deste ano (Dirceu Aurélio/Imprensa MG)

Depois dos atos terroristas contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou a intensificação da segurança nos prédios públicos de Minas, além das redações dos veículos de imprensa, por parte da Polícia Militar.

“Vamos garantir que a democracia prevaleça com respeito e liberdade, sempre na forma da lei”, publicou Zema nas redes sociais, nesta segunda-feira (9).

Nesse domingo (8), o governador repudiou a violência e a destruição do patrimônio público por parte de bolsonaristas radicais no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no STF (Supremo Tribunal Federal).

Tweet de Zema
Governador falou sobre atuação da PM (Reprodução/Twitter)

“Em qualquer manifestação deve prevalecer o respeito. É inaceitável o vandalismo ocorrido hoje em Brasília. A liberdade de expressão não pode se misturar com depredação de órgãos públicos. No final, quem pagará seremos todos nós”, escreveu.

Ainda ontem, a ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) havia informado que reforçou a segurança no entorno do prédio, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, também devido aos atos terroristas em Brasília.

“Reiteramos que a democracia e a liberdade são símbolos de nosso Estado e qualquer concessão que estimule ações contrárias a esses valores não pode existir”, diz nota.

Terrorismo na Praça dos Três Poderes

Bolsonaristas radicais lideraram ontem uma escalada de violência e destruição do patrimônio público no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no STF.

Imagens, amplamente divulgadas, mostram janelas, móveis e paredes dos prédios sendo depredados pelos extremistas. Os vídeos ainda flagraram policiais militares, que praticamente escoltaram os bolsonaristas ao local do crime, conversando com os golpistas e filmando passivamente enquanto uma multidão invadia os prédios.

Nesta madrugada (9), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou do cargo, por 90 dias, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha. A vice Celina Leão (PP) assumirá durante esse período.

Na decisão, Moraes cita descaso e omissão por parte do governador e do então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, exonerado, na tarde de ontem, após a invasão golpista. Os dois também serão incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos no Brasil (leia mais aqui).

Moraes determinou que a desocupação dos acampamentos em frente ao Quartel do Exército de Brasília e em “outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos”, deverá ocorrer em até 24 horas.

Ela fica a cargo das polícias militares dos estados e Distrito Federal, com apoio da Força Nacional e, se necessário, da Polícia Federal.

Os governadores serão intimados para garantir o cumprimento da decisão sob pena de responsabilidade pessoal.

Intervenção federal

No final da tarde desse domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na Segurança o DF diante da invasão de golpistas na Praça dos Três Poderes. O decreto presidencial vale de hoje até, pelo menos, 31 de janeiro de 2023.

O interventor nomeado é Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, na qual o presidente afirmou que todos os envolvidos nos atos criminosos em Brasília serão encontrados e punidos. Ele se referiu aos invasores como fascistas.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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