A Polícia Civil cumpre mandado de busca e apreensão em uma empresa de química no bairro Vila Paris, em Contagem, na região metropolitana da capital, na tarde desta quinta-feira (16). A fábrica seria a responsável pela venda da substância monoetilenoglicol à Backer.
Nessa quarta (15), o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) identificou que a água utilizada no processo de fabricação das cervejas da Backer estava contaminada com as substâncias etilenoglicol e dietilenoglicol, ambas tóxicas e nocivas à saúde.
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O ministério também identificou que, desde janeiro de 2018, a Backer adquiriu cerca de 15 toneladas das substâncias tóxicas encontradas na cerveja. O pico de aquisição foi entre novembro e dezembro do ano passado.
A cervejaria nega que tenha comprado etilenoglicol e dietilenoglicol. Segundo a Backer, a substância comprada foi monoetilenoglicol. A alta na compra do produto, segundo a empresa, se justifica pelo aumento na produção de cervejas.
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“Nos últimos dois anos, a Backer precisou aumentar a compra de monoetilenoglicol para atender a demanda de ampliação constante da sua planta produtiva. No período, foram adquiridos 29 novos tanques de fermentação”, diz a empresa em nota (veja abaixo).
Produtos químicos
No site da Imperquímica, empresa onde a polícia cumpre mandado de busca e apreensão, não consta a substância dietilenoglicol para venda, apenas o etilenoglicol e o monoetilenoglicol.
O BHAZ tentou contato com a empresa, mas os representantes se recusaram a dar explicações ou conversar com a reportagem. Caso a empresa decida se posicionar esta matéria será atualizada.
Terceira morte
Na manhã desta quinta, a Polícia Civil confirmou a morte de um idoso de 89 anos vítima da síndrome nefroneural. Com isso chega a três o número de mortos com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada na Backer, responsável pela produção da cerveja artesanal Belorizontina.
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A vítima, que não teve o nome revelado, estava internada no Hospital Mater Dei, mesmo local onde outra pessoa morreu com a suspeita da mesma doença. O número de mortes já confirmadas em decorrência da enfermidade chega, portanto, a três em todo Estado.
Nota da Backer
“A Backer reafirma que nunca comprou e nem utilizou o dietilenoglicol em seus processos de fabricação. Reforça que a substancia empregada pela cervejaria é o monoetilenoglicol, cujas notas fiscais de aquisição já foram compartilhadas com a Polícia Civil e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Nos últimos dois anos, a Backer precisou aumentar a compra de monoetilenoglicol para atender a demanda de ampliação constante da sua planta produtiva. No período, foram adquiridos 29 novos tanques de fermentação.
A Backer aguarda os resultados das apurações e continua à disposição das autoridades.”