O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou nesta sexta-feira (29) que a administração municipal está “realmente assustada” com o avanço da Covid-19 e, por esse motivo, a flexibilização do comérico na cidade não será ampliada. O plano da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) é anunciar, toda sexta, quais segmentos poderão abrir na semana seguinte.
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“Minha presença não é bom sinal. Não poderemos ampliar a flexibilização de BH porque continuamos apegados, agarrados e sendo conduzidos pela ciência. E temos dados alarmantes em Minas. Estamos realmente muito assustados”, afirmou o prefeito, em coletiva à imprensa, agora há pouco, na sede da PBH.
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“A boa notícia é que, a partir do bom senso junto com a ciência, vamos dar mais uma semana para observar os acontecimentos na cidade. Mas não foi uma decisão unânime entre os especialistas”, informou Kalil, ao se referir ao grupo de trabalho composto por estudiosos e infectologistas e responsável pela reabertura gradual do comércio em BH.
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Portanto, a permissão continua exatamente a mesma desta semana: shoppings populares, salões de beleza e afins poderão continuar abrindo a partir da próxima segunda-feira (1º). No entanto, Kalil deu a entender que, se o cenário não mudar, o comércio da cidade deverá sofrer nova rigorosa restrição no dia 8 de junho.
Confira a lista de comércios autorizados a abrir:
Os comércios considerados essenciais permanecem liberados:
Orientações
Conforme o BHAZ adiantou no último dia 20 (relembre aqui), a PBH adotou uma estratégia chamada de “flexibilização intermitente”, que funciona como uma gangorra: caso os números de contaminação da capital melhorem, a flexibilização aumenta; se piorar, fecha tudo novamente.
Em edição especial do DOM (Diário Oficial do Município) publicada no último dia 22, decreto assinado por Kalil determina que as atividades listadas acima serão liberadas com horários distintos com “o objetivo de assegurar o equilíbrio e a segurança no transporte público coletivo”.
E a reabertura pode avançar ou mesmo recuar (tornar as medidas de restrição mais rigorosas) dependendo do comportamento da população. “A regressão de fase poderá ocorrer a qualquer tempo, quando houver alteração dos indicadores epidemiológicos ou risco de agravamento do quadro epidemiológico e assistencial”, diz o decreto.
Confira as orientações:
- Colaboradores do grupo de risco não vão voltar a trabalhar, eles devem permanecer em casa
- Higienização das mãos e distância das pessoas de 5 metros quadrados por pessoa. Em uma área de 30 metros, somente 6 pessoas, incluindo os vendedores e clientes
- Disponibilizar álcool em gel
- Não realizar promoções
- Não haver bebedouros coletivos
- Reduzir lotação dos elevadores
- Ar condicionado desligado
- Salões de beleza somente com hora marcada, intervalo de 30 minutos de um atendimento para outro para acontecer higienização
- Sinalização no chão para respeitar o distanciamento