Fontenelle, Queiroz, Sérgio Camargo e mais: Veja os famosos bolsonaristas que perderam nestas eleições

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Diversos personalidades bolsonaristas não foram eleitas no pleito de 2022 (Reprodução/@ladyfontenelle + Redes sociais)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu eleger muitos apoiadores pelo Brasil no primeiro turno das eleições 2022. Mas também tiveram famosos com apoio do chefe do Executivo que enfrentaram dificuldades e não conseguiram conquistar a vitória nas urnas.

Dentre os nomes de maior destaque estão Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares; a médica Nise Yamagushi; a influenciadora Antônia Fontenelle; a advogada Cristina Bolsonaro; o ex-assessor Fabrício Queiroz e o ex-BBB Adrilles Jorge.

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Sérgio Camargo

Sérgio Camargo é ex-presidente da Fundação Palmares, e deixou o cargo no governo de Jair Bolsonaro em março para tentar pleito a deputado federal por São Paulo. Porém teve apenas 13.085 votos (0,06%) e não conseguiu se eleger.

O apoiador do presidente esteve envolvido em diversas polêmicas enquanto permaneceu à frente da fundação. Crítico do movimento negro, já disse que “branco privilegiado não existe”. Também negou o caráter racista da morte do congolês Moïse Kabagambe, no Rio de Janeiro.

O político ainda liderou, no fim de 2020, uma onda de ataques racistas a um ator que protagonizou uma reportagem da Tilt. Camargo compartilhou uma matéria que tratava das dificuldades que as pessoas com cabelo afro têm no momento de usar um fone. Na legenda do Instagram, Camargo ironiza, dizendo: “Corta o cabelo, pô!”. Nos comentários, uma série de comentários racistas foram destinados ao ator que ilustra a reportagem.

Sérgio Camargo ao lado do presidente Jair Bolsonaro (Reprodução/Twitter)

Nise Yamagushi

A médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi (Pros) anunciou o interesse em ser candidata ainda em dezembro do ano passado. Ela ficou famosa após ser investigada na CPI da Covid por suposto envolvimento em um “gabinete paralelo”, que seria um grupo não-oficial de assessoramento a Bolsonaro sobre a pandemia.

Com apoio do atual presidente, Yamaguchi conseguiu 36.690 votos, mas não alcançou uma cadeira no Congresso Nacional. A profissional da saúde se candidatou a deputada federal por São Paulo.

Nise Yamaguchi ficou famosa após virar alvo da CPI da Covid (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Antônia Fontenelle

A apresentadora Antônia Fontenelle (Republicanos) coleciona polêmicas nas redes sociais. Foi processada pela atriz Klara Castanho, por conta das declarações feitas em seu canal a respeito do processo de entrega para adoção de um bebê fruto de um estupro sofrido pela artista.

Fontenelle também virou alvo da Polícia Civil depois de ter usado o termo “paraíbas” de forma pejorativa para se referir ao DJ Ivis, preso por agredir a ex-esposa Pamella Holanda.

Com votação pouco expressiva, ela não conseguiu se eleger deputada federal pelo Rio de Janeiro. A influenciadora angariou apenas 30.975 votos.

Antonia Fontenelle vive em polêmicas nas redes sociais (Reprodução/@ladyfontenelle/Instagram)

Cristina Bolsonaro

Ana Cristina Valle (PP) é a segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. Mãe de Jair Renan, quarto filho do chefe do Executivo, teve um embate com a família Bolsonaro por conta de outra candidatura, do irmão da primeira-dama, Eduardo Torres (PL).

É a terceira vez que ela não se elege deputada federal. Dessa vez, foram apenas 0,09% dos votos válidos, pelo Distrito Federal.

O irmão da primeira-dama também não teve sucesso e não se elegeu no estado. Com votação um pouco maior, ele teve 1,02% dos votos válidos.

Ana Cristina Valle ganhou fama por ser ex-mulher de Bolsonaro (Reprodução/Redes sociais)

Fabrício Queiroz

Fabrício José Carlos Queiroz é ex-policial militar e ex-assessor de gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o filho do presidente era deputado federal pelo Rio da Janeiro.

Envolvido em escândalos, Queiroz é investigado pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em sua conta. O esquema ficou conhecido como “rachadinha”. Ele chegou a ser preso em 2020.

O amigo de Bolsonaro não teve sucesso na disputa do cargo de deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Ele conseguiu apenas 6.701 votos.

Queiroz é amigo de longa data da família Bolsonaro (Reprodução/Redes sociais)

Adrilles Jorge

Ex-BBB e comentarista da Jovem Pan, Adrilles acumula um currículo de polêmicas. Em uma das mais graves, ele fez uma saudação nazista durante um quadro da JP News. Ele foi duramente criticado, afastado e depois trazido de volta na emissora.

Mesmo derrotado, ele comemorou a votação. “Com quase cem mil votos, entro pra célebre galeria dos mais bem votados entre os derrotados pelo sistema proporcional eleitoral. Seguirei falando como papagaio de rendez vous como comunicador e escritor. De todo modo, poeta ganha mesmo no amadurecimento do fracasso”.

O comentarista alcançou 91.485 dos votos válidos. Ele foi candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, pelo PTB.

Ex-BBB fez saudação nazista na JP News (Reprodução/Redes sociais)

Bolsonaristas famosos eleitos

Alguns nomes famosos de bolsonaristas foram eleitos pelo Brasil. Os destaques são Thiago Gagliasso, Mário Frias e Maurício do Vôlei.

Thiago Gagliasso

O ator Thiago Gagliasso concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Candidato pelo PL, ele teve mais de 100 mil votos, sendo o sétimo mais votado para o cargo de deputado estadual.

Ele comemorou nas redes e agradeceu ao atual presidente. “Simplesmente sem palavras para essa explosão de votos. Explodimos real. Feliz por ser eleito e muito grato a todos que confiaram em mim. Eu e minha equipe vamos dar a via pela sua releeição, @jairmessiasbolsonaro”.

Thiago é defensor ferrenho do atual presidente (Reprodução/Redes sociais)

Mario Frias

O ex-galã de Malhação e ex-secretário especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro, Mario Frias foi exonerado dia 31 de março para concorrer a vaga de deputado federal por São Paulo. Ele foi eleito com 122.564 votos.

Pelo Twitter, ele agradeceu. “122.562 mil pessoas saíram de suas casas para depositarem o seu voto de confiança em mim. Tenho a plena certeza de que sem Deus e sem o Presidente Bolsonaro isso não seria possível. Sou pequeno diante da grandeza de Deus e da força do meu capitão. Honrarei cada voto!”.

Mario Frias fez parte do governo de Jair Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR)

Maurício Souza

O ex-jogador foi eleito deputado federal por Minas Gerais. Famoso por já ter feito postagens homofóbicas, Maurício caiu nas graças dos bolsonaristas e teve uma votação expressiva, sendo o quarto da legenda, com mais de 83 mil votos.

Em agradecimento, Souza afirma que foi a “vitória do povo mineiro”. “Muito obrigado aos mineiros que confiaram seus votos a mim e às minhas ideias! Saibam que vou ser o Deputado Federal da família mineira e lutarei sempre pelas nossas crianças e por nossos valores. AGORA, VAMOS TRABALHAR JUNTOS!”.

Maurício Souza foi demitido do Minas após postagens homofóbicas (Reprodução/ConservaTalk/Youtube)
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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