Festas de Réveillon são vetadas em BH após aumento da Covid-19

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Festas do Réveillon estão vetadas em BH (Banco de imagens: Ivica Drusany/Shutterstock)

Além da medida assinada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e outros estabelecimentos, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) também anunciou nesta sexta-feira (4) outra restrição para brecar o avanço do novo coronavírus. Festas de Réveillon na capital mineira não serão autorizadas – e, portanto, não receberão o devido licenciamento.

A gestão municipal recomendou que os cidadãos não realizem e nem participem de eventos e confraternizações de final de ano. Dessa forma, fica suspenso o licenciamento de eventos gastronômicos, shows e espetáculos, inclusive daqueles que já tinham enviado o pedido para a prefeitura, mas ainda não tinham obtido uma resposta. Essa restrição já havia sido sinalizada como uma possibilidade no decreto de 31 de outubro, que autorizou a retomada de parte dos eventos.

Todas essas medidas, segundo a PBH, são uma reação ao aumento dos casos de Covid-19 na capital e o relaxamento das pessoas em bares, restaurantes e shows. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, o Comitê de Enfrentamento a Covid-19, do qual ele é coordenador, teve um debate intenso, e permitiu, como decisão intermediária ao fechamento, o funcionamento parcial dos estabelecimentos, visto que os locais citados ainda podem continuar abertos, apenas sem a venda de bebida alcoólica.

Entenda os indicadores

Em nota, a PBH explicou os últimos indicadores. Desde 6 de agosto, a PBH tem programado, de forma gradual e responsável, a reabertura de atividades econômicas no município, acompanhada de fiscalização sobre o cumprimento dos protocolos publicados. Esse cenário de abertura, com o apoio da população, promoveu uma queda sustentada no número de casos confirmados de Covid-19, traduzindo-se na manutenção da taxa de transmissão (Rt) abaixo de 1,00 na maior parte do tempo entre agosto e outubro.

Como consequência da redução da transmissão, em muito promovida pelos cuidados individuais e respeito aos protocolos, os casos confirmados saíram de uma média diária de 529, registrada em 7 de julho, para 98 casos por dia, registrado em 26 de outubro. As solicitações de internação na rede SUS, de pessoas com sintomas da Covid-19, seguiram o mesmo ritmo, com um declínio de 95 solicitações por dia, registrados em 8 de julho, para 31 solicitações diárias, média registrada em 26 de outubro

Esse cenário, contudo, modificou-se a partir das últimas semanas. A taxa de transmissão, que em 26 de outubro era de 0,89, começou a aumentar e permanecer, de forma sustentada, acima de 1,00, o que significa expansão da pandemia no município e nível de atenção em alerta amarelo em Belo Horizonte. Como consequência direta do aumento da transmissibilidade, a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados aos casos de Covid-19 aumentou mais de 50% no último mês. Já os leitos de enfermaria destinados aos casos de Covid-19 aumentaram sua ocupação em mais de 90% no último mês. 

Embora a ocupação de leitos não esteja no nível amarelo, a rapidez do aumento é um ponto fundamental de preocupação e foi fator decisivo para a medida de restrição tomada.  A ideia é interromper a trajetória de subida dos casos e retomar patamares de ocupação mais seguros para a cidade.

Com PBH

Edição: Thiago Ricci

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