O idoso que morreu em BH nessa quinta-feira (16) com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada em cervejas da Backer, foi fundador de um bar tradicional da capital.
Pessoas ligadas à família e funcionários do local suspeitam de que a bebida que supostamente matou o homem tenha sido consumida no próprio bar. O idoso está na lista das três mortes suspeitas de intoxicação por dietilenoglicol.
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Milton Pires, de 89 anos, ou “Seu Milton”, como era conhecido, deu início ao bar e restaurante Baiuca, que fica na rua Piauí, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de BH. Atualmente, o negócio é tocado pelos filhos de Milton.
No entanto, o idoso morava sobre o estabelecimento e, sempre que possível, ia ao local, onde consumia cervejas. Uma funcionária do bar, que preferiu não ser identificada, contou que a suspeita é de que Milton tenha bebido a cerveja infectado no próprio negócio. “Ele descia aqui com frequência e levava cervejas para tomar em casa, inclusive a Belorizontina”, conta.
A funcionária lamenta a perda do idoso. “Ele era alegre, humilde e tratava a todos de uma maneira especial. Sempre estava sorrindo e brincando. É uma perda muito grande para nós, pois ele era uma pessoa muito querida”, diz.
O bar recolheu todas as cervejas da Backer e devolveu à cervejaria. Milton foi velado e sepultado no cemitério Parque da Colina, na região Oeste da capital, nesta sexta-feira (17).
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Além dele, a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) ainda investiga outras duas mortes: uma mulher moradora de Pompéu, na região Central de Minas Gerais, que morreu com sintomas da síndrome nefroneural no último dia 28 de dezembro; e de um idoso de 76 anos que morreu na última quarta (15), internado no hospital Mater Dei, em BH.
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Até o momento, a secretaria só confirma a substância tóxica como a causa da morte de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, que estava internado em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e faleceu no dia 7 de janeiro. Outros 19 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol são investigados em Minas.
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