Entidades e empresas do setor de comércio e serviços de BH se reuniram com a prefeitura nesta terça-feira (28) para discutir os impactos do plano de revitalização do Centro da capital. A CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte) apresentou sugestões para reduzir potenciais efeitos negativos do projeto.
“Queremos aprofundar a discussão sobre o plano, saber quando vão ser feitas as obras, movimentações, acompanhar tudo de perto para que o impacto seja minimizado. Queremos ajudar a aproveitar a infraestrutura do Centro para trazer a vida de volta à região”, disse o presidente da CDL/BH, Marcelo Souza e Silva, em entrevista coletiva antes da reunião.
O programa “Centro de Todo Mundo”, apresentado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) no início do mês, busca requalificar e revitalizar a região com medidas como a ampliação do funcionamento do Parque Municipal, o fechamento da rua Sapucaí para trânsito aos domingos, a reestruturação da Praça da Independência e mais.
A subsecretária de Relações Intragovernamentais de BH, Beatriz Góes, e secretário de Desenvolvimento Econômico, Adriano Faria, participaram da reunião e apresentaram as propostas da prefeitura para os representantes do setor.
“É uma oportunidade de expor, trocar ideias, discutir. Nossos projetos são sempre discutidos com a CDL”, afirmou a subsecretária. O presidente da CDL/BH ainda afirmou que a entidade vai seguir cobrando a continuidade das lojas mesmo após um eventual fim da gestão do prefeito Fuad Noman (PSD) a partir de 2025.
Também estiveram na reunião representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Minas Gerais (Abrasel-MG), da Associação Mineira de Supermercados (Amis), do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico (Codese-BH), do Mercado Central, da Galeria Ouvidor e mais.
Sugestões
A CDL/BH apresentou sugestões sobre os pontos apresentados no projeto “Centro de Todo Mundo” com o objetivo de minimizar os impactos para os empresários e comerciantes da região. Uma delas é a reavaliação da gestão do Parque Municipal, propondo um modelo de administração por meio de Parceria Público-Privada.
Quanto às obras que serão necessárias para a revitalização das praças e a construção de faixas de ônibus e ciclovias, por exemplo, a entidade pede que a PBH faça as intervenções em etapas, para evitar grandes canteiros e isolamento das lojas.
A entidade aponta, ainda, que 93% dos comerciantes locais são favoráveis ao fechamento da rua Sapucaí para trânsito e entendem que a iniciativa vai ajudar os negócios da região. Os representantes também se disponibilizaram a oferecer suporte para a adequação dos lojistas à adoção de espaços públicos e áreas verdes na cidade.
Entre outras medidas, a CDL/BH ainda propõe a melhora da iluminação nos ambientes públicos, a inclusão do setor de comércio e serviços nas discussões sobre segurança pública, e a apresentação dos locais de instalação dos novos abrigos de ônibus e banheiros públicos, para evitar impactos negativos na circulação de clientes e fachadas das lojas.
