Oito cervejas da Backer estão contaminadas com produtos tóxicos

Caso Backer investigação cerveja
Fachada da fábrica de cervejas da Backer em BH (Amanda Dias/BHAZ)

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) identificou a presença das substâncias tóxicas monoetilenoglicol e dietilenoglicol em oito cervejas produzidas pela Backer. Ao todo, o órgão constatou 21 lotes de produtos contaminados.

A informação foi divulgada pelo ministério nesta quinta-feira (16). As cervejas infectadas são as seguintes:

  • Belorizontina
  • Capixaba
  • Capitão Senra
  • Pele Vermelha
  • Fargo 46
  • Backer Pilsen
  • Brown
  • Backer D2
Divulgação/Mapa

Ainda segundo o órgão, a empresa segue fechada até que se comprove a segurança de suas operações. Os produtos fabricados pela cervejaria estão sendo recolhidos do mercado, por ordem do Mapa.

Proibição de venda

Em reunião realizada entre representantes da Backer e do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) definiu-se que as cervejas da empresa não poderão ser comercializadas e nem fornecidas, até a conclusão das investigações.  

O MPMG alerta também que, em hipótese alguma, essas cervejas poderão ser descartadas, seja no lixo comum ou em qualquer outro local. “Esses produtos deverão ser separados, devidamente identificados e ficar sob a guarda do responsável pelo estabelecimento até a conclusão das investigações”, diz o órgão.

Pontos de coleta

Os moradores da capital que possuem o produto para consumo próprio poderão entregar a bebida para a prefeitura. Os produtos ficarão sob custódia da Secretaria Municipal de Saúde e serão usadas na investigação do caso.

A PBH informou que as cervejas de qualquer lote serão recolhidas. Entretanto, não serão recebidos produtos de bares, restaurantes e supermercados, apenas consumidores finais.

A entrega dos produtos poderá ser feita de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, nos seguintes endereços:

Barreiro: Avenida Olinto Meireles, 327 – Barreiro
Centro-Sul: Avenida Augusto de Lima, 30, 14ª andar – Centro
Leste: Rua Salinas, 1.447 – Santa Tereza
Nordeste: Rua Queluzita, 45 – Bairro São Paulo
Noroeste: Rua Peçanha, 144, 5º andar – Carlos Prates
Norte: Rua Pastor Murilo Cassete, 85 – São Bernardo
Oeste: Avenida Silva Lobo, 1.280, 5º andar – Nova Granada
Pampulha: Avenida Antônio Carlos, 7.596 – São Luiz
Venda Nova: Avenida Vilarinho, 1.300, 2º Piso – Parque São Pedr

Quatro mortes

A SES-MG (Secretaria de Estada de Saúde de Minas Gerais) elevou, nesta quinta, para quatro o número de mortes investigadas por intoxicação exógena por dietilenoglicol, substância encontrada em cervejas produzidas pela Backer.

O número subiu após a secretaria incluir o caso da moradora de Pompéu, Maria Augusta de Campos Cordeiro, que morreu com sintomas da intoxicação no último dia 28 de dezembro. A vítima ingeriu a cerveja Belorizontina durante uma visita ao bairro Buritis, na região Oeste da capital.

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Estão em investigação os casos de Maria Cordeiro; de um homem de 76 anos, que morreu em BH na última quarta-feira (15); e de um idoso de 89 anos, que faleceu na capital nesta quinta (16).

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A secretaria só confirma, até o momento, a substância como a causa da morte de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, que estava internado em Juiz de Fora e faleceu no dia 7 de janeiro.

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