Anvisa autoriza produção de vacina 100% brasileira contra Covid-19

Anvisa aprova fabricação de vacina 100% brasileira
Agência aprovou registro do insumo da Fiocruz (Reprodução/PBH)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a produção de uma vacina 100% brasileira contra a Covid-19, nesta sexta-feira (7). A decisão do órgão garante que, a partir de agora, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) poderá fabricar imunizantes da AstraZeneca com a utilização do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), fabricado pela própria instituição.

Para tal, a Anvisa avaliou estudos de comparabilidade, que demonstram que “ao ser fabricado no país, o insumo mantém o mesmo desempenho que a vacina importada”. Assim, todas as etapas de produção serão realizadas em território brasileiro.

Em maio de 2021, a agência já havia realizado a Certificação de Boas Práticas de Fabricação do novo insumo, medida que garante o cumprimento de todos os requisitos necessários para garantir a qualidade do produto IFA.

Dessa maneira, a Fiocruz já começou a produção e os testes para certificar a eficácia dos imunizantes em julho de 2021, após ter autorização concedida pela Anvisa com registro definitivo em 12 de março do ano passado.

A previsão é de que as primeiras doses da vacina produzida com IFA 100% brasileiro sejam entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro deste ano, tão logo sejam concluídos os testes de controle de qualidade.

Terceira dose da AstraZeneca ajuda a combater ômicron

Estudos desenvolvidos pela Fiocruz mostram também que uma terceira dose do imunizante da AstraZeneca aumenta de forma significativa os níveis de anticorpos que neutralizam a variante ômicron da Covid-19. A pesquisa, que analisou amostras de sangue de pessoas infectadas, foi realizada de modo independente por investigadores de diferentes instituições, no final do ano passado.

“Como temos observado, a variante ômicron é capaz de infectar pessoas com o esquema vacinal completo, assim como as que foram previamente infectadas por outras variantes”, começou Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz. 

“Os dados apresentados neste estudo mostram que a terceira dose é capaz de aumentar a presença de anticorpos neutralizantes contra ômicron [foram aumentados em 2,7 vezes após a terceira dose da AstraZeneca], resgatando a capacidade de neutralização dos soros das pessoas vacinadas como observado em relação às outras variantes de preocupação após a segunda dose”, finalizou o líder.

Minas recebe doses para imunizar crianças

Em Minas Gerais, o secretário de Estado de Saúde Fábio Baccheretti revelou que a vacinação infantil terá início ainda este mês. A expectativa é que o estado receba 370 mil doses da Pfizer a partir de 13 de janeiro, cerca de 10% da quantia que chegará ao Brasil. “Assim que receberemos as doses, iremos encaminhar aos municípios”, informou em coletiva.

Na mesma ocasião, o médico revelou a ordem de vacinação para a faixa etária. Segundo ele, as primeiras crianças a receberem o imunizante serão as que vivem com comorbidades, seguidas pelos pequenos com deficiência permanente e, depois disso, crianças indígenas e quilombolas. O último grupo abrange todas as outras pessoas que tenham entre 11 e 5 anos, começando pelas mais velhas.

Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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