STF derruba aumento de reajuste para servidores de Minas Gerais

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Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, foi responsável pela decisão (Roberto Jayme/ASCOM/TSE)

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), derrubou o aumento do reajuste para servidores de Minas Gerais. A ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) havia promulgado uma lei que garantia o acréscimo salarial além da inflação. A decisão do STF foi tomada nesta quinta-feira (21). A informação foi revelada pela Valor.

Após o aumento concedido pela ALMG, o Governo de Minas Gerais entrou com uma ação no STF, na última segunda-feira (18), com a alegação de que o acréscimo era inconstitucional. “Em respeito à responsabilidade fiscal e à legalidade, o governo reforça que não tem previsão orçamentária para arcar com os gastos extras indicados pelos artigos 10 e 11 do texto, que criam uma despesa adicional de R$ 9 bilhões ao estado, sem indicar a fonte de recursos pagadora”, argumenta a Advocacia-Geral do Estado, em nota.

Mateus Simões, ex-secretário-Geral do Governo de Minas, falou sobre a decisão do STF. “Como eu disse antes, é uma questão de legalidade, de coerência e de responsabilidade. O abuso da ALMG teve de ser corrigido pela Justiça. Vergonha para os 55 deputados que tentaram fazer campanha, colocando o equilíbrio fiscal em risco, na busca de votos”, disse por meio das redes sociais.

Governo de Minas x ALMG

Os percentuais adicionais promulgados pela Assembleia beneficiam as áreas de Segurança Pública (14%), Saúde (14%) e Educação (33,24%), assim como o auxílio social para inativos das forças de segurança. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), chegou a vetar o texto enquanto ele ainda tramitava na casa legislativa.

Os parlamentares, no entanto, formaram maioria e conseguiram derrubar a decisão do chefe do Executivo estadual. Foram 54 votos a favor e três contra durante reunião no Plenário no último dia 12 de abril (veja aqui).

No mesmo dia, Zema anunciou que iria recorrer na Justiça contra a aprovação do PL. Pelas redes sociais, ele chamou a proposta de “inconstitucional” por, segundo ele, não revelar de onde viria a receita destinada ao reajuste (veja aqui).

“Da mentira eleitoreira aprovada hoje por deputados estaduais na Assembleia, de aumentos superiores ao funcionalismo público de Minas, a pergunta é: Quem vai assinar o cheque de R$ 9 bilhões pra pagar a conta?”, escreveu o governador.

Edição: Roberth Costa
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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