O Ranking Mundial de Universidades 2023, divulgado nesta quinta-feira (13), revela que a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) teve uma queda de desempenho em comparação ao levantamento anterior. Enquanto em 2022 a universidade figurava no grupo entre as 601-800 melhores instituições do mundo, agora a UFMG aparece na lista das 801-1000.
O ranking, elaborado pela revista Times Higher Education, inclui 1.799 universidades de 104 países diferentes. A tabela se baseia em 13 indicadores de desempenho dividido em quatro áreas: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectivas internacionais.
No topo da lista está a Universidade de Oxford, seguida pela Universidade Harvard e pelas universidades de Cambridge e Stanford, empatadas no terceiro lugar. Das dez primeiras posições, sete são de instituições dos Estados Unidos.
9º melhor da América Latina
Ao todo, o Brasil tem 62 instituições classificadas no ranking mundial. A USP (Universidade de São Paulo) foi a brasileira mais bem colocada na lista, aparecendo, pela terceira vez consecutiva, no grupo entre as 201-250. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aparece como a segunda universidade do país mais bem posicionada, no grupo entre 401-500.
Apesar da queda, a UFMG segue sendo a 9º melhor universidade da América Latina. Confira abaixo o ranking da América Latina:
- PUC do Chile
- USP
- Unicamp
- Unifesp
- Instituto de Tecnologia de Monterrey (México)
- UFSC
- Universidade do Chile
- UFRGS
- UFMG
- PUC-RJ
Confira o ranking completo na página da Times Higher Education.
Cortes orçamentários
Na última semana, o Ministério da Educação havia anunciado bloqueio orçamentário que chegava a R$ 2,4 bilhões. Depois de intensa mobilização social em defesa das universidades e institutos federais, o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, anunciou a liberação de recursos dos orçamentos das universidades e institutos federais na última sexta-feira (7).
Com o desbloqueio, a UFMG recupera R$ 12 milhões (5,8%) do orçamento de 2022. Embora represente um alívio, a reitora da universidade, Sandra Regina Goulart Almeida, disse que a liberação está longe de resolver o problema.
“O orçamento da UFMG, previsto para 2022, já era insuficiente, sendo 7,43% inferior ao de 2020 e semelhante ao executado em 2008. Além disso, ele já havia sofrido, em maio, corte definitivo no valor de R$ 16 milhões”, observou.