Após cobrança do Senado, Queiroga nega atraso na vacinação infantil: ‘Desafio qualquer um a provar’

O ministro da saúde afirmou que não houve atraso no Brasil da vacinação de crianças contra a Covid-19
Convocação do ministro para falar sobre o atraso da vacinação saiu nessa segunda-feira (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Saúde Marcelo Quiroga afirmou que não houve atraso no Brasil da vacinação infantil contra a Covid-19. A colocação ocorreu durante entrevista coletiva na sede do ministério, nesta terça-feira (8), um dia após a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal solicitar que o ministro prestasse depoimento sobre o tema.

A convocação de Queiroga foi aprovada no Senado nessa segunda-feira (7). A solicitação, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede), diz respeito aos impasses do início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra o coronavírus, autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro de 2021 e iniciada apenas em janeiro de 2022.

Antes de aprovar a inclusão do público infantil no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid, o governo federal criou uma audiência pública para consultar sobre o assunto. Além disso, a segurança dos imunizantes foi questionadas diversas vezes por membros do Governo.

‘Demora nenhuma’

Nesta manhã, o ministro da Saúde afirmou que não houve “demora nenhuma” na vacinação infantil e argumentou que “as vacinas chegaram de maneira tempestiva”. “Desafio qualquer um a provar que Pfizer entregaria uma dose de vacina antes do prazo que entreguei. A audiência pública foi realizada de forma transparente. A posição do governo foi clara no sentido de ofertar as vacinas para os pais. É um direito dos pais vacinarem os seus filhos”, disse o ministro, segundo o Metrópoles.

Marcelo Queiroga também afirmou que o debate sobre a vacinação das crianças é uma “estratégia errada” e defendeu a priorização do debate sobre a 3ª dose. “Pra você conter essa pandemia, é muito mais importante avançar na 3ª dose de que ficar nesse ‘nhenhenhe’ de vocês aqui, que a gente tá atrasando dose de vacina. Aliás, uma estratégia muito errada, porque o povo brasileiro sabe que nós não estamos atrasando a vacina”, afirmou.

Após a declaração para a imprensa, Queiroga voltou a falar sobre o assunto por meio das redes sociais. “Afirmar que o governo federal atrasou a vacinação infantil é falso. Quem insiste em outra versão está mentindo apenas para criar narrativas e prejudicar o Brasil”, escreveu.

Convocação ao Senado

A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal convocou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, para prestar depoimento ao Senado nessa segunda-feira (7). Ambos foram convocados para depor sobre o atraso da vacinação infantil contra a Covid-19.

O autor do requerimento, Randolfe, afirma que “beira o absurdo” a relutância do Executivo em vacinar as crianças logo após a aprovação do uso pediátrico da vacina Pfizer pela Anvisa. Nas palavras de Randolfe, a “irresponsabilidade de autoridades negacionistas”, prejudicou vacinação infantil no país: “Queiroga vai ter que explicar o atraso de um mês na vacinação das crianças e as consequências trágicas que isso trouxe ao Brasil”.

Edição: Giovanna Fávero
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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