Após reunião com empresas de ônibus, Kalil anuncia: ‘Transporte continua com o mesmo preço e número de viagens’

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Kalil garantiu que não haverá ‘plano de guerra’ para conter os impactos da alta dos combustíveis (Adão Souza/PBH)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), se reuniu nesta terça-feira (15) com o SetraBH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros) para debater os rumos do transporte público na capital em meio à alta do combustível. Após o encontro, o mandatário garantiu que não haverá aumento nas tarifas nem redução de viagens nos ônibus de BH, conforme a categoria havia anunciado (veja aqui).

“Para população, o que a gente pode falar é o que interessa: vamos continuar negociando, não tem operação de guerra e o transporte continua com o mesmo preço e com o mesmo número de viagens”, afirmou Kalil.

Na última sexta-feira (11), o SetraBH disse que o sistema de transporte público na cidade entrou em colapso após o aumento de 25% no preço do óleo diesel. Na ocasião, o sindicato havia anunciado a adoção de um “plano de guerra” para conter os impactos da alta dos combustíveis no transporte da capital – que consistia na redução de viagens e um “aumento emergencial” nas tarifas.

Em entrevista coletiva após a reunião de hoje, no entanto, o presidente Raul Lycurgo garantiu que o plano não entrará em vigor, ao menos por enquanto. “Vamos continuar segurando pra ver como é que a gente consegue levar essa situação enquanto a gente vai discutindo com a prefeitura”, declarou.

‘As empresas estão em colapso’

Ainda de acordo com Raul, a conta do transporte público não tem fechado há alguns meses. Segundo o presidente do SetraBH, o déficit enfrentado pela categoria já ultrapassa os R$ 5 milhões por mês.

“As empresas estão em colapso. Por que? A gente tem 19 milhões de passageiros por mês, multiplicando pelo valor médio da tarifa [R$3,20] a gente fala entre R$ 60 e R$ 64 milhões. Só de mão de obra a gente tá gastando cerca de R$ 40 milhões [por mês]. Mais o diesel, que normalmente custa R$ 24 milhões. Só aqui, com mão de obra e diesel, falta R$ 5 milhões… nem tô falando de pneus, peças, lubrificantes e manutenção de frotas”, declarou.

Também na entrevista coletiva, o prefeito Alexandre Kalil voltou a falar sobre o PL que prevê a redução no valor das tarifas de ônibus e que foi reenviada à Câmara Municipal de BH. Segundo ele, casa legislativa “ainda não resolveu e nós vamos pedir pra que isso se resolva o mais rápido possível porque nós temos que dar um passo”.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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