Com a tragédia causada pelo temporal em Ipatinga, no Vale do Aço, subiu para 24 o número de mortes por chuva em Minas Gerais. A chuva deixou um rastro de destruição na cidade e dez mortes. As vítimas são crianças, homens e mulheres entre 5 e 78 anos. No município vizinho de Santana do Paraíso, a 14 km, uma mulher de 36 anos também morreu. Os números foram atualizados no último boletim da Defesa Civil de Minas Gerais, divulgado na manhã desta segunda-feira (13).
Nesse domingo (12), Ipatinga ficou completamente alagada, houve diversos pontos de deslizamentos e uma das principais avenidas da cidade foi interditada devido ao acúmulo de lama e escombros. Na cidade, são 40 pessoas desabrigadas e 150 desalojados.
De acordo com a Defesa Civil, a chuva atingiu 204 mm em apenas uma hora só no bairro Betânia. O Corpo de Bombeiros registrou 58 chamados devido ao temporal, incluindo bloqueios de vias relacionados à destruição de pistas, desabamentos e riscos de deslizamentos.
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Mais de 50 cidades em MG estão em situação de emergência
Segundo o boletim da Defesa Civil, nesta segunda-feira (13) Minas tem 1.497 pessoas desalojadas e 279 desabrigadas. Atualmente, no estado, há 56 cidades em situação de anormalidade.
Durante o período chuvoso, que começou em 22 de setembro do ano passado, já foram registrados 24 óbitos no estado. Além das mortes causadas pela tragédia no Vale do Aço, um homem, de 30 anos, morreu no dia 9, ao tentar atravessar um riacho, a cavalo, em Tombos, na Zona da Mata mineira. O nível da água estava acima do normal e ele foi levado pela enxurrada.
Também na Zona da Mata, em Carangola, um homem morreu soterrado no dia 8. Os outros óbitos registrados foram três em Ipanema, dois em Raul Soares, um em Uberlândia, um em Maripá de Minas, um em Coronel Pacheco, um em Nepomuceno, um em Capinópolis e um em Alterosa.