Kalil libera comércio e BH volta ao funcionamento de dezembro

Kalil e comércio BH
O comércio está liberado para funcionar em BH, com exceção aos domingos, a partir de segunda (Amanda Dias/BHAZ)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), acaba de liberar, no início da tarde desta sexta-feira (29), o funcionamento de todo o comércio na capital mineira. As restrições e normas que devem ser seguidas serão as mesmas de antes deste último fechamento, válido até domingo. Portanto, a partir da próxima segunda-feira (1º), a cidade volta a ter a mesma liberação de dezembro e primeira semana deste ano.

“Comércio continua absolutamente igual como estava [antes do fechamento válido atualmente] com exceção de domingo. A cidade estará como está hoje, inclusive bares e restaurantes. As praças, clubes, orla da lagoa, tudo isso estará aberto no domingo. Mas o comércio, shoppings, lojas, restaurantes estarão fechados aos domingos”, afirmou o prefeito de BH, ao explicar que essa será a novidade em relação a dezembro: todo o comércio fechado aos domingos.

“A partir de segunda, a gente retorna com o comércio no formato de antes do fechamento. Comércio das 9h às 20h e bares e restaurantes, de segunda a sábado, até as 22h. As academias retornam também sem horário especificado”, disse o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis. “Então basicamente é isso, a gente está voltando ao cenário que a gente estava pré-fechamento, com a exceção dos restaurantes, que funcionavam no domingo. Shoppings a mesma regra de anteriormente, mesmo horário. Só os eventos continuam fechado”, complementou.

Quanto aos bares e restaurante, só é permitida a venda de bebidas alcoólicas até às 15h.

Desculpas

“Eu volto a pedir desculpa a todos por esse fechamento, mas, com base nos três velocímetros que nós temos, valeu a pena. Valeu a pena esse sacrifício da população e nós estamos vendo aí o que está acontecendo no mundo e nós continuamos na nossa coerência. Porque o mundo está do jeito que está, nós não vamos mudar a coerência que nós temos desde o início”, complementou Kalil.

Os indicadores que servem como base para toda decisão tomada pela PBH estão em queda desde o ápice, em meados deste mês, mas a ocupação de leito para pacientes de Covid continua no vermelho. “Estamos abrindo com um velocímetro ainda no vermelho, até porque nós nunca chegamos nele no verde. Nunca”, justificou o prefeito. Conforme o boletim da PBH de hoje, 74,5% desses leitos estão ocupados atualmente.

Já a taxa de transmissão do vírus está no verde, com um índice de 0,93 e a ocupação da enfermaria, em leitos para Covid, está em 56,8%, no amarelo. “Os índices baixaram bem, inclusive de UTIs, mas estão falando em cepa nova, coisa nova que a gente tem que esperar pra ver o que vai acontecer. Esse decreto deve ser publicado hoje ou no máximo amanhã. A segurança a partir de agora será muito mais rígida porque ninguém é bobo, tá todo mundo vendo todo mundo de meia porta aberta e nós, até por uma questão de vista grossa, achamos que era por bem”, afirmou Kalil.

Queda de braço

O comércio não essencial em BH está fechado há três semanas. No início do mês, após muita preocupação com as festas de fim de ano e uma onda de aumento nos indicadores de risco, Kalil anunciou que a capital havia chegado ao limite. Desde então, o índice de transmissão da Covid-19 e as taxas de ocupação de leitos – especialmente os de UTI – se mantiveram em níveis alarmantes, os mais altos em meses na capital, e só começaram a apresentar uma queda significativa nos últimos dias.

A Justiça chegou a suspender o decreto que determinava o fechamento do comércio, argumentando “desproporção e desrrazoabilidade de tratamento dos setores de atividades econômicas do município”. A decisão, contudo, foi revogada poucos dias depois pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), que lembrou que o Executivo municipal tem autonomia para estipular medidas que visem frear o avanço da pandemia em seu território.

A decisão aumentou ainda mais a insatisfação de diversos comerciantes, que chegaram a se reunir em manifestações na porta da PBH em mais de uma oportunidade. Um dos protestos, convocado pelo Gare (Grupo de Academias Responsáveis e Éticas), contou com um “aulão fitness” na porta da prefeitura e inúmeros manifestantes que reivindicavam a retomada das atividades em todos os setores do comércio.

Edição: Thiago Ricci
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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