Cruzeiro é autorizado a ter jogos com torcida em estádios fora de BH, decide STJD

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Torcedores puderem comparecer ao Mineirão em partida no final de agosto (Cruzeiro/Divulgação)

O Cruzeiro recebeu autorização, nessa segunda-feira (30), do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para jogar com a presença de público em estádios fora de Belo Horizonte. A decisão é do presidente do órgão, Otávio Noronha. Com a liminar, o clube mineiro pode receber público em qualquer município que permita torcida nos estádios, desde que respeitadas e cumpridas todas as exigências das autoridades locais.

“De fato, é de conhecimento público e notório, dispensando por isso, até mesmo a demonstração por qualquer meio de prova, que além de Belo Horizonte, em outras diversas localidades pelo País, já se encontra autorizado, através de atos expedidos pelas autoridades competentes, a liberação gradativa e o retorno do público aos estádios de futebol, observados determinados limites de ocupação máxima em percentual calculado sobre a capacidade instalada da praça desportiva, e desde que observadas as regras estabelecidas nos planos de retorno elaborados pelas respectivas Secretarias de Saúde e Autoridades Sanitárias”, destaca trecho do despacho.

“Em sendo assim, e à luz do que foi inclusive deferido em prol de outras Agremiações, DEFIRO o requerimento vindicado, para estender os efeitos da liminar anteriormente conferida, no sentido de liberar o retorno do público aos Estádios nos jogos sob o mando do CRUZEIRO, realizados em praças desportivas localizadas dentro de qualquer Município que assim o permita, e desde que observada a presença máxima estabelecida pela Edilidade e cumpridas todas exigências da Secretaria de Saúde e Autoridades Sanitárias locais, enquanto perdurar liberação das Autoridades competentes neste sentido”, explicou Otávio Noronha.

Com a decisão, o Cruzeiro, que já tinha sinalizado intenção de receber o próximo jogo como mandante em um estádio fora da capital mineira, deve oficializar partida na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na região Central do estado e a 70 km de Belo Horizonte. A Prefeitura de Sete Lagoas liberou, na última quinta-feira (26), até 30% da capacidade de público em estádios, o que representa, na atualidade, 3.900 torcedores na Arena do Jacaré. 

O Atlético ainda não oficializou nenhuma decisão sobre mandar os próximos jogos em estádios fora da capital mineira.

Próximos jogos

A próxima partida do clube celeste como mandante é no dia 11 de setembro, em um sábado, contra a Ponte Preta, válido pela 23ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Antes disso, o time vai até o Estádio da Serrinha, em Goiânia (GO), para enfrentar o Goiás, às 21h30 da próxima terça-feira (7). O Cruzeiro está em 14º lugar, com 25 pontos.

Entenda

Após mais de um ano acompanhando as partidas de casa, os torcedores puderam voltar a frequentar os estádios em BH. A retomada foi anunciada pelo secretário municipal de Saúde Jackson Machado, em 27 de julho, e o decreto publicado no dia 29 do mesmo mês. A volta estava planejada para agosto e o primeiro evento-teste foi o jogo do Atlético contra o River Plate, na Libertadores. A partida foi marcada por aglomerações dentro e fora do Mineirão.

De acordo com levantamento coletado pelo BHAZ com a PBH, apesar do desrespeito às normas, apenas três multas foram aplicadas pela prefeitura. Em entrevista à TV Globo, o prefeito reprovou as aglomerações e disse que poderia proibir o público em estádios novamente. No dia seguinte, o Cruzeiro jogou contra o Confiança em partida pela Série B do Campeonato Brasileiro. Dessa vez, a PBH decidiu definir um horário limite de entrada dos torcedores no Mineirão, além de interditar as ruas de acesso ao estádio.

Com fiscalização reforçada, a movimentação de torcedores foi mais tranquila no estádio, mas ainda houve desrespeito aos protocolos de segurança. Após dois jogos no Mineirão, a PBH proibiu a presença de público nos estádios de futebol da cidade.

Na semana passada, o secretário municipal de Saúde Jackson Machado disse, em entrevista coletiva, que a prefeitura iria avaliar o impacto dos dois eventos no perfil epidemiológico da cidade. “É óbvio que se não houve impacto, nós podemos liberar de novo, com mais ou menos público, a depender do perfil epidemiológico”, explicou (veja mais aqui).

Edição: Vitor Fernandes

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