E o Galo? É BICAMPEÃO! Atlético conquista o Campeonato Brasileiro 2021

galo campeão
Clube conquistou o bicampeonato após derrotar o Bahia nesta noite (Jhony Pinho/Agif/Folhapress)

A torcida atleticana pode soltar o grito que estava entalado na garganta e comemorar: o Galo é Bicampeão Brasileiro! Após uma campanha praticamente perfeita, com 25 vitórias, 6 empates e apenas 5 derrotas, o clube conquistou o sonhado troféu com 2 rodadas de antecedência. Ele não poderia ter vindo de forma mais emocionante: na vitória de virada por 3 a 2 contra o Bahia em plena Arena Fonte Nova, em Salvador! Hulk fez de pênalti e Keno fez dois para selar o título atleticano.

O BHAZ preparou uma retrospectiva especial para a Massa relembrar o desempenho atleticano no Brasileiro 2021, com atletas e jogos marcantes, além de momentos inesquecíveis da torcida. E você também pode baixar uma ilustração exclusiva feita por Bruno Lanza, chargista do BHAZ, para comemorar o título – é só clicar aqui.

Prepare a faixa de campeão e confira!

O jogo histórico do título

A partida contra o Bahia começou tensa, com poucas chances de perigo: o 1T terminou em 0 a 0. Mas as emoções estavam guardadas para a segunda etapa! O Bahia, que precisava vencer para escapar do Z4, fez 2 gols em um espaço de 5 minutos. O Atlético não se desestabilizou e foi buscar o resultado.

Aos 25, o Galo teve a chance de empatar após Sasha ser derrubado na área: pênalti. Hulk deslocou o goleiro e mandou para as redes! Apenas 1 minuto depois, Keno recebeu na diagonal e mandou no canto para empatar e incendiar a partida. O time de Cuca ligou o modo “turbo” e fez o 3º aos 31, com outro chutaço de Keno. A vitória histórica também marcou a quebra de um tabu de 18 anos: desde 2003, o Atlético não vencia o Bahia na casa do adversário.

Reforços de peso

Desde o início do ano, o pensamento do Galo é só um: ganhar títulos. Para isso, foi crucial bancar novos atletas que pudessem agregar ao elenco dentro e fora de campo. O clube trouxe jogadores de renome com auxílio financeiro dos chamados “4 R’s”, o grupo de investidores atleticanos formado por Renato Salvador (Materdei), Ricardo Guimarães (Banco Bmg), Rafael Menin e Rubens Menin (ambos da MRV).

Enquanto o atacante Hulk e o meia Nacho Fernández chegaram no início deste ano, o atacante Diego Costa foi contratado no 2º semestre. Além dos três, o zagueiro Nathan Silva, o lateral Dodô e o volante Tchê Tchê também chegaram ao Galo em 2021 com o auxílio dos investidores.

A campanha: Começo instável

Na primeira rodada, o time de Cuca perdeu de virada para o Fortaleza em casa e iniciou o campeonato na 15ª posição. Depois, conseguiu somar 3 triunfos seguidos e entrou no G4 após superar o Inter. Porém, a equipe voltou a oscilar. Empatou um, perdeu dois jogos em sequência, e com a derrota para o Santos, caiu para a 8ª posição. O revés do dia 27 de junho fez o time “virar a chave” no campeonato.

Liderança absoluta

Ao vencer o Juventude fora de casa na 15ª rodada, o Galo engatou a 8ª vitória seguida, pulou para a liderança e, desde tal partida, não saiu mais da ponta da tabela. Após uma impressionante sequência invicta de 18 duelos construída em quase 3 meses, o Galo só voltou a ser superado no final de outubro, quando já estava isolado na liderança. Nem mesmo a derrota para o adversário direto Flamengo no Maracanã foi capaz de abalar os ânimos do elenco. Antes da vitória contra o Bahia, a equipe venceu 5 seguidas, empatou com o Palmeiras e voltou a ganhar contra o Fluminense.

Progressão das colocações do Galo no campeonato (CBF/Reprodução)

Em casa, o Galo é que manda!

A campanha do Bicampeão já é sensacional “de cara”, mas quando o assunto são os jogos em casa, o Galo deu mais um show. No Mineirão, a equipe venceu 15 partidas seguidas e bateu o recorde geral de vitórias como mandante na era dos pontos corridos. O Atlético perdeu apenas um jogo em casa, na 1ª rodada, contra o Fortaleza, e ganhou todos os outros até o momento. Naturalmente, a equipe é a melhor mandante do campeonato.

Apoio da Massa

Em decorrência da pandemia de Covid-19, grande parte dos duelos foram realizados de portões fechados. Mas no segundo semestre, com o avanço da vacinação e a melhora dos números da pandemia em BH, as autoridades liberaram o público de forma gradativa. O primeiro jogo do Galo com o apoio de sua torcida no campeonato foi a vitória contra o Internacional, que aconteceu diante de pouco mais de 7 mil pessoas.

Nos jogos em Belo Horizonte, a Massa não viu o Atlético perder no campeonato. Com o passar dos eventos, a quantidade de pessoas no Gigante da Pampulha aumentou cada vez mais. Na vitória por 2 a 0 contra o Juventude diante de 61.476 torcedores, o time bateu o recorde de público do Novo Mineirão e o do futebol brasileiro em 2021. A antiga maior marca no Gigante era do rival Cruzeiro, na final da Copa do Brasil contra o Flamengo em 2017, com 61.017 fãs nas arquibancadas.

Porém, a volta do público não foi feita apenas de vitórias. Em diversos jogos, foram notificados casos de assédio e racismo contra torcedoras e torcedores no Mineirão. A necessidade maior é que a justiça seja feita e ocorrências como essas nunca mais manchem o bonito espetáculo da torcida no estádio.

Emoção da torcida

Ao longo do campeonato, a torcida atleticana ficou animada com a ótima campanha do clube, mas manteve os pés no chão, diante de alguma chance do título não se concretizar. Porém, na última vitória no Gigante da Pampulha, muitos já soltaram o grito de campeão – até mesmo o ídolo Reinaldo, que se emocionou bastante na arquibancada.

Nas redes sociais, também se manifestaram atleticanos que, junto aos entes queridos e amigos, aguardam a sonhada taça há tantos anos. Em muitos casos, diversos membros das famílias nunca sequer viram ou se lembram de ver o clube conquistar o campeonato nacional, pela distância de quase 50 anos do último título.

“Vocês já estão acreditando que o Galo vai ser campeão do Brasileiro? Porque minha ficha ainda não caiu, mas toda vez que penso nisso, começo a chorar loucamente”, escreveu uma torcedora. “Desde moleque no ombro do meu pai, da queda ao acesso… a nossa hora tá chegando, meu herói”, um atleticano relembrou a difícil queda para a Série B em 2005. Confira alguns comentários:

Chega de ser vice

Entre 1971, ano do primeiro título Brasileiro do Galo, e 2021, o clube “bateu na trave” algumas vezes. Nos anos de 1977, 1980, 1999, 2012 e 2015, o alvinegro foi vice-campeão do torneio, tendo sido superado respectivamente por São Paulo, Flamengo, Corinthians, Fluminense e Corinthians. No ano passado, a equipe fez boa campanha, liderou em algumas rodadas, mas acabou em 3º lugar, atrás de Internacional e Flamengo (campeão).

Time da taça

Atualmente, o elenco do Galo comandado pelo técnico Cuca é formado por 33 jogadores no total. Veja os jogadores que mais atuaram no campeonato:

  • Goleiro: Everson;
  • Zagueiros: Réver, Junior Alonso, Nathan Silva;
  • Laterais: Arana, Guga, Mariano, Dodô;
  • Meio-campistas: Nacho, Zaracho, Allan, Tchê Tchê, Jair;
  • Atacantes: Hulk, Diego Costa, Vargas, Keno, Savarino, Sasha.

Confira o time completo:

  • Goleiros: Everson, Rafael, Matheus Mendes e Jean;
  • Zagueiros: Réver, Junior Alonso, Nathan Silva, Igor Rabello, Micael;
  • Laterais: Arana, Guga, Mariano, Dodô;
  • Meio-campistas: Nacho, Zaracho, Allan, Tchê Tchê, Jair, Alan Franco, Nathan, Hyoran, Dylan Borrero, Calebe, Neto;
  • Atacantes: Hulk, Diego Costa, Vargas, Keno, Savarino, Sasha, Sávio, Echaporã.

Mais um título?

Enfim, o Galo cumpriu sua missão e conquistou o merecido bicampeonato do Brasileiro. Agora é comemorar, Massa! E se engana quem acha que a temporada acabou para o alvinegro. Neste ano, além do Mineiro e do Brasileiro, ainda dá tempo para mais uma conquista, a Copa do Brasil.

Nos dias 12 e 15 de dezembro, o Atlético vai em busca de mais um bicampeonato e o adversário é o Athletico-PR. É inegável que o ano está sendo mágico para o Galo. Então, uma decisão de cada vez, né Massa?!

Edição: Roberth Costa
Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

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